Mais de 1.000 infectados na Coreia do Sul, novos mortos no Irã, aumento de contágios na Europa, devido ao foco surgido na Itália, e um primeiro caso confirmado no Brasil. A epidemia do novo coronavírus se espalha, apesar das medidas mundiais de prevenção.
Quatro países europeus - Áustria, Suíça, Grécia e Croácia - registraram seus primeiros casos do novo coronavírus desde terça-feira, 25. Além disso, morreu ontem, 26, em Paris o primeiro francês vítima do COVID-19.
Ao mesmo tempo, os números melhoram na China, centro da epidemia. As autoridades comunicaram que 52 pessoas morreram nas últimas 24 horas, contra 71 na terça. É o menor número em três semanas. O número de contágios também diminuiu: 406 novos casos, contra 508 de terça. Até agora, foram 2.178 mortos e outros 78 mil contaminados na China.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, nesta quarta, que o número diário de novas pessoas contaminadas pelo coronavírus no mundo já é superior ao registrado na China.
Conforme o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou durante uma reunião na sede da OMS em Genebra, com 411 novos casos na China e 427 casos no mundo na terça-feira, "o número de novos contágios registrados fora da China ultrapassou pela primeira vez o número de novos casos na China".
Ghebreyesus também alertou para os riscos de uma "pandemia", ou seja, para uma epidemia de magnitude internacional. A OMS deixou clara sua preocupação com o curso que a epidemia está tomando.
O mundo "não está preparado" para enfrentá-la, disse na terça-feira Bruce Aylward, especialista que dirige a missão conjunta OMS/China e que voltada de Pequim. "Deve-se estar preparado para administrar isso em larga escala e isso deve ser feito rapidamente", advertiu. A Organização mostra especial preocupação com os países pobres. (AFP)