Os pontos-chave:

1) a economia precisa de medidas de proteção ao emprego para que possa se recuperar em maior velocidade depois da pandemia. Sem isso, o sistema passaria por um grande rearranjo, muita coisa se perderia, e há grande risco no processo.

2) medidas como essa demandam altíssimo grau de detalhamento, eventualmente é necessário fazer a sintonia fina de cada área. Isso, no entanto, causa distorções econômicas grandes na volta.

A cobertura feita pelo Governo Federal protege diretamente a expectativa de um contingente de desempregados formais que criariam um efeito dominó irreparável para economia brasileira. Segundo o ministro, se evita que desemprego superassse a 20 milhões de trabalhadores. A situação atende o curto prazo e necessita de uma urgência de um plano de recuperação econômica forte para quando tivermos uma estabilização da crise sanitária. Sem receitas com o isolamento horizontal a manutenção do emprego seria inviável.

Somadas as demais medidas de renda para a economia informal e liquidez oferecida ao sistema financeiro nacional, a subsistência dos mais desfavorecidos se sustenta sem uma crise adicional de insegurança pública-institucional. O Setor produtivo continuará a produzir aos níveis anteriores e a circulação restrita da moeda também não oferece uma solução estrutural. Na inércia da paralisação pelo isolamento a renda de subsistência para os mais vulneráveis estaria garantida pelo período crítico do isolamento pela Covid-19.