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Streaming: um mercado em ascensão
Reportagem

Streaming: um mercado em ascensão

Sete ambientes apresentam conteúdos interativos e jornalísticos
Edição Impressa
Tipo Notícia

Utilizados agora por empresas e artistas durante quarentena, as plataformas de streaming ganharam mais visibilidade diante dos consumidores. Mas esse mercado está em expansão há muito tempo. As plataformas de música, por exemplo, tiveram um aumento de 32% em 2019, de acordo com o levantamento da Counterpoint Research. Ao todo, foram 358 milhões de assinantes globais, aumento de 32% na comparação com 2018.

Os serviços de streaming já têm alta capilaridade e chegaram ao público brasileiro também por meio do entretenimento audiovisual, com a Netflix, em 2014, e vêm crescendo desde então. Dentre outros nomes, estão a Amazon Prime Video e HBO Go.

O professor do MBA de Neuromarketing e Tendências de Consumo da Universidade de Fortaleza (Unifor), Sérgio Aragão, explica que os millennials (nascido entre 1980 e 1994) trouxeram mudanças significativas no consumo da informação e pressionaram a criação desses produtos.

"Uma geração que vive conectada e acostumada com tudo aqui e agora. Foi graças a eles que a questão on demand (sob demanda) ganhou força e razão de existir. Não basta consumir, tem de ser participante do processo", explica.

Aragão acrescenta que não se trata de dividir o conhecimento e, sim, multiplicá-lo. Nesse contexto, o mundo on e off passam a se integrar. "O consumidor da geração Y — e isso se acentuará ainda mais na Z (nascido entre 1995 e 2010) — quer tudo aqui e agora. Ao alcance da mão e com a possibilidade de fazer junto", explica.

"Isso há já vinha ocorrendo, mas alguns segmentos ainda estavam acostumados com a mesmice e comodismo. Agora, neste novo momento (de pandemia), a tendência é que muitos passem a tomar gosto por essa nova forma de se relacionar, de consumir informação", avalia.

O POVO também lançou a primeira multistreaming com conteúdos jornalísticos da América Latina nesta quarta-feira, 13. No caso do O POVO+, o foco é a informação. Os assinantes terão acesso a conteúdos jornalísticos por meio de sete interfaces, que vão desde o tradicional impresso a grandes reportagens multimídia interativas, documentários, livros, séries e podcasts.

São novos caminhos para narrar as histórias de todos os ângulos possíveis. O jornal norte-americano New York Times (NYT) aderiu à multiplataforma e já superou a marca dos 5 milhões de usuários, em 2019. Esse é um movimento que atende uma sociedade contemporânea que não abre mão de estar informada o tempo inteiro e pelos inúmeros dispositivos ao alcance das mãos.

A crise humanitária provocada pelo novo coronavírus reafirmou o papel do jornalismo profissional como interlocutor confiável da notícia. As pessoas passaram a consumi-lo cada vez mais em busca de respostas e para contestar as fake news. Uma pesquisa do instituto Datafolha mostrou que TVs (61%) e jornais impressos (56%) lideram o índice de confiança em informações divulgadas sobre a pandemia. Já os programas jornalísticos de rádio e sites de notícias aparecem em seguida, totalizando 50% e 38%, respectivamente. (Bruna Damasceno)

 

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