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Condicionado à redução de mortes, Governo do Ceará trabalha lista de setores a liberar
Reportagem

Condicionado à redução de mortes, Governo do Ceará trabalha lista de setores a liberar

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Tipo Notícia

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), e o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), reúnem-se nesta terça-feira, 18, para "tomar decisões futuras" sobre os decretos de isolamento social. O decreto estadual vence amanhã, 20. Já o municipal, de lockdown, em Fortaleza, tem prazo para acabar na sexta-feira, 22. O POVO apurou que já existe uma lista de setores que seriam liberados na primeira fase de flexibilização do isolamento.

A liberação para reabertura gradual aconteceria somente após a redução dos números de mortos e infectados e avaliações a cada 14 dias após as reaberturas. Até o fim da semana, o plano de retomada da economia do Ceará, pós-pandemia, será finalizado, segundo informou Camilo.

O POVO antecipou na semana passada que o plano dividirá as atividades econômicas em grupos prioritários e terá um total de quatro fases de implantação. "Será um plano construído e sempre pautado nas condicionantes da área da saúde. Não tomarei nenhuma decisão que não seja pautada na ciência e técnica", afirmou o governador.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, Assis Cavalcante, revelou que são trabalhadas 13 cadeias econômicas, da indústria, comércio, agropecuária e serviços. Procurado, o Governo do Estado informou que a lista oficial dos setores só será confirmada no próprio decreto a ser publicado.

Assis ainda diz que acha improvável que o novo decreto desta semana inclua a flexibilização pelo aumento de casos confirmados de Covid-19 nos últimos dias, mas ressalta a atual situação das empresas. “O varejo tradicional está sofrendo muito, pois o capital de giro acabou. Estamos nadando num mar seco, procurando sobrevivência. Na periferia, está tudo do mesmo jeito, com pessoas ficando doentes, e nós, formais, estamos pagando o preço”, afirma.

O presidente da Federação da Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), Maurício Filizola, diz que há 60 dias fechados, teme por toda cadeia econômica do Estado, com impactos significativos em empresas de todos os portes e pela imprevisibilidade de retorno. Ainda cobra mais ações do governo em prol dos negócios: "O lockdown tornou o isolamento mais efetivo, mas as respostas para o setor privado ainda são aquém do esperado".

Para o diretor executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Taiene Righetto, a partir de reuniões com o Governo, a associação já está aguardando uma renovação do lockdown, mas reclama da falta de previsão para a reabertura dos comércios.

"Precisa ficar claro a previsibilidade de retorno da economia, do comércio, do nosso setor. Temos muitas particularidades, não é um setor que abre do dia para noite, o planejamento de estoque perecível, então precisamos de uma previsão. Precisa ficar mais claro por parte do Governo do Estado a reabertura do comércio". (Colaborou Matheus Facundo)


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