Logo O POVO+
Fake news atrapalham ainda mais o estudo sobre coronavírus
Reportagem

Fake news atrapalham ainda mais o estudo sobre coronavírus

Edição Impressa
Tipo Notícia

Segundo os coordenadores da pesquisa, boa parte da desconfiança da população foi motivada pela disseminação de fake news. Houve relatos de que a pesquisa era falsa (funcionando como um pretexto para que assaltantes invadissem as casas), de que os testes não haviam sido aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e de que os próprios entrevistadores poderiam ser vetor de contágio.

A pesquisa nacional surgiu a partir de um estudo que a UFPel iniciou no Rio Grande do Sul e foi aprovada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). O teste utilizado, o chinês Wondfo Sars-Cov-2 Antibody Test, detecta anticorpos no sangue do paciente, mas não é capaz de identificar o vírus ativo logo após o contágio. Por isso, sua eficácia tem sido questionada. Para o estudo nacional, o exame foi validado pela Ufpel e avaliado como uns dos melhores no mercado atual.

De acordo com o Ibope Inteligência, todos os entrevistadores foram testados e apenas aqueles que apresentaram resultado negativo estão nas ruas para realização da coleta de dados e aplicação do teste sanguíneo. Os profissionais passaram por treinamento presencial com uma equipe da área de saúde, coordenada por uma biomédica contratada. "Além disso, foram realizados exercícios para ensinar a forma adequada para retirada e descarte dos EPIs, como e o que deve ser higienizado a cada momento da pesquisa", afirma em nota. O instituto enfatiza ainda que todos os entrevistadores trabalham devidamente credenciados e utilizam equipamentos de proteção individuais (EPIs), álcool em gel e caixas para descarte de material hospitalar.

 

O que você achou desse conteúdo?