Problemático no início da crise de Covid-19 e decreto de isolamento social, os atendimentos delivery e cadeia logística de varejo já estão com sistema consolidado no Ceará, avalia o diretor da Federação das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Nordeste (Fetranslog-NE), Marcelo Maranhão.
Ele, que também é presidente da Câmara Setorial de Logística da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), explica que, no primeiro momento em que explodiu a demanda pelos sistemas online do varejo, houve um acúmulo de serviço muito grande. "As empresas que já faziam e-commerce, tinham uma demanda que aumentou com o fechamento de algumas atividades com o isolamento. A cadeia se adaptou rapidamente e agora tudo está fluindo bem melhor."
Para funcionar na integralidade, a logística brasileira ainda enfrenta uma demanda reprimida no setor aéreo, alerta, Marcelo. O POVO apurou junto da GolLog, da Gol Linhas Aéreas, que o serviço logístico realiza o transporte de cargas em seus voos conforme a capacidade disponível atualmente, ajustada à readequação da malha aérea pelo impacto do coronavírus. "No momento, a Companhia está priorizando o embarque da carga expressa (animais vivos e fármacos). E não teve aumento do número de funcionários para o período", diz a nota.
Já a Rappi informou que triplicou o número de personal shoppers (profissionais responsáveis por fazer a compra no supermercado para o cliente), e aumentou em 50% o time de atendimento ao cliente, além da quantidade de entregadores parceiros. Os serviços de entrega que registraram um maior aumento foram para farmácias, restaurantes e supermercados. "De uma semana para outra, por exemplo, chegamos a registrar um pico de 280% nos pedidos de cadastros", afirma em nota.