Presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará (Sinepe), professor Airton Oliveira afirma que antecipar a retomada do ensino presencial de parte das turmas é para se ajustar aos protocolos indicados pelos órgãos de saúde. Frisa ainda a necessidade das escolas de analisar, aprender e manejar as atividades durante esse período.

Ontem, em entrevista ao Programa O POVO no Rádio, da Rádio O POVO CBN, Airton disse que o retorno depende do aceite das famílias. Ele reconhece o receio dos pais. "Mas nós queremos retomar com tranquilidade".

"A nossa ideia de voltar com poucos alunos e seguir o que está sendo acertado em outros países. Tudo isso que está acontecendo, medição de temperatura, distanciamento, hora do recreio sem contato, atividades extracurriculares suspensas, tudo isso está sendo planejado", garantiu.

Procurada, a presidente do Conselho Estadual de Educação, Ada Pimentel, demonstrou surpresa com a decisão do Sinepe-CE. "Não sei quais parâmetros foram utilizados. Pode ser que ele tenha informações privilegiadas. Por outro lado, me parece que o estado ainda não tem nada definido. Mas as instituições de ensino estão se preparando minimamente", cita.

Até sexta-feira, 29, o Ministério Público do Ceará (MPCE) deve expedir uma recomendação às escolas particulares sobre cumprimento de carga horária, calendário letivo e atividades virtuais. Quanto ao retorno das aulas, os promotores de Justiça com atribuição na Defesa da Educação vão se reunir para verificar as providências.