O Comitê Científico do Consórcio Nordeste para Covid-19, formado por representantes dos nove estados da Região assessorados por cientistas e médicos, destacou a postura que Fortaleza e Ceará têm em relação ao isolamento social. Contudo, o grupo pediu cautela no relaxamento de medidas na Capital.
O estudo divulgado ontem aponta que o relaxamento gradual em Fortaleza é acertado, mas destaca que o pico da doença não foi atingido em nenhum Estado. Grupo indicou que sucesso nos resultados do isolamento mais rígido em Fortaleza devem ser tratados como "referência para todo o Nordeste".
Segundo o estudo, a Capital apresenta queda no número de casos novos, estabilização de óbitos e diminuição na demanda por atendimento em unidades básicas de saúde. Além disso, resultados preliminares sugerem que Fortaleza pode ter reduzido o fator de disseminação da doença.
Porém, o estudo relata aumento de casos e óbitos em outras cidades do Ceará. Como Fortaleza deve seguir recebendo fluxo de pacientes do Interior, "o Comitê continua a se posicionar com grande cautela no que tange a qualquer relaxamento do atual patamar de isolamento social na cidade".
"Neste momento, a decisão de se iniciar um relaxamento social gradual seria mais segura, evitando-se a possibilidade de voltar atrás, caso os indicadores piorem devido ao afrouxamento prematuro", avalia o estudo, ressaltando a verificação de uma "leve diminuição" no crescimento de casos e óbitos nos últimos dias relacionada a cidades que optaram por implementar isolamento mais rígido como Fortaleza, São Luís, e Grande Recife".
Em nota, o Governo do Estado informou que "todas decisões tomadas durante a pandemia, são embasadas em estudos da situação epidemiológica do Estado desenvolvidos pelos profissionais de saúde e sob o comando do secretário da Saúde do Ceará, Dr Cabeto". (Vítor Magalhães)