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Moradores de 39 bairros de Fortaleza serão testados para Covid-19
Reportagem

Moradores de 39 bairros de Fortaleza serão testados para Covid-19

Estudo municipal prevê testar 9.900 fortalezenses. Bairros e domicílios foram selecionados por sorteio em cada uma das Regionais da Capital
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A pesquisa foi feita em domicilio com regiões sorteadas assim como os moradores das casas  (Foto: FABIO LIMA)
Foto: FABIO LIMA A pesquisa foi feita em domicilio com regiões sorteadas assim como os moradores das casas

Durante dois meses moradores de 39 bairros de Fortaleza serão convidados a fazer um teste rápido para identificação da Covid-19 e a responder um questionário com informações de sexo, idade e escolaridade, bem como sobre condições de saúde e possíveis sintomas. Iniciado ontem, 2, o levantamento prevê três fases de coleta e 3.300 moradores testados em cada uma delas, totalizando 9.900 exames. Os bairros e domicílios foram selecionados em todas as Regionais da Capital e o morador testado será sorteado aleatoriamente entre os residentes.

São 255 profissionais, entre enfermeiros, pesquisadores e agentes comunitários de saúde, mobilizados para o estudo promovido pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e pela Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa). De acordo com a secretária da Saúde de Fortaleza, Joana Maciel, o resultado da testagem em massa possibilitará saber qual área da Cidade foi mais afetada pela doença. "Vamos saber também que percentual da população ainda está suscetível. Isso que é fundamental para retomar as atividades econômicas de forma muito responsável", defende.

Ela coloca que a amostra escolhida para a pesquisa é "bastante representativa" e poderá identificar o curso da doença na Capital. "A gente pede que a população colabore, todas as equipes foram treinadas e usarão Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)", enfatiza. Os resultados serão analisados juntamente com os dados epidemiológicos (números de casos e óbitos pela Covid-19) e com aqueles da demanda por assistência na saúde (atendimentos e internações).

Moradores do bairro São João do Tauape, na Capital, foram os primeiros a serem testados para a pesquisa nesta manhã. Raimundo de Oliveira, 78, acredita que a iniciativa é "muito positiva, apesar de que deveria ter começado há dias". "Sabendo que eu não estou com a doença, fico mais tranquilo. Pretendo continuar vivo", declarou o senhor, cujo teste deu negativo.

As coletas acontecem somente após autorização dos moradores e são realizadas por uma equipe com enfermeiros da SMS, agentes comunitários de saúde e supervisores do Instituto Opnus, que coordena a operação da pesquisa municipal. No caso de testagem positiva, os profissionais orientarão o paciente e seus familiares a realizarem os encaminhamentos necessários.

A primeira fase do estudo, que segue a mesma metodologia do trabalho coordenado pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) em parceria com o Ministério da Saúde, se estenderá até o dia 12 deste mês. As outras duas fases da pesquisa serão realizadas até o dia 26 de julho. (Colaborou Leonardo Maia/ especial para O POVO)

 

Como reconhecer o pesquisador

Além de estarem paramentados com todos os EPIs necessários (touca, avental, óculos, máscara e luvas), os pesquisadores portam crachá de identificação, panfleto informativo da pesquisa e termos de consentimento para participação.

 

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