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Nathally e Luan: Um amor desses de cinema
Reportagem

Nathally e Luan: Um amor desses de cinema

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FORTALEZA, CE, BRASIL, 11.06.2020: Especial dia dos namorados. Nathally Kimberly e Luan, inciaram um namoro durante a pandemia de Corona vírus (COVID-19), e começaram essa união já tendo que ficar separados.. (Foto: Júlio Caesar /O POVO) (Foto: JÚLIO CAESAR)
Foto: JÚLIO CAESAR FORTALEZA, CE, BRASIL, 11.06.2020: Especial dia dos namorados. Nathally Kimberly e Luan, inciaram um namoro durante a pandemia de Corona vírus (COVID-19), e começaram essa união já tendo que ficar separados.. (Foto: Júlio Caesar /O POVO)

Se um viajante do tempo voltasse a dezembro de 2019 e soprasse o enredo deste 2020 para a universitária Nathally Kimberly, 21, e para o apontador de produção Luan Oliveira, 21, eles provavelmente não acreditariam. É que o roteiro tem contornos épicos, quase que tirados de um filme de fim do mundo: ex-colegas de crisma, eles engataram um romance e aí veio uma pandemia que impede que se encontrem. Mas, se permitem o spoiler: tem dado certo.

Frequentadores da mesma igreja no Conjunto Ceará, a dupla, que se conhecia há seis anos, foi colocada para trabalhar junta na Pastoral da Comunicação: ela como repórter, ele por detrás das câmeras. Foram quatro meses que fizeram com que se aproximassem, mas o primeiro beijo mesmo só veio no comecinho de março. Quem diria que, exatamente 15 dias depois, a reviravolta do script da história de amor veio em forma de decreto estadual que determinou o isolamento social. Eles, com pais nos grupos de risco, tiveram de se contentar em ficar afastados, mesmo que morando há apenas 1 km de distância.

Mas aí entra a santa tecnologia e um tantinho de criatividade - personagens coadjuvantes que ajudaram, e muito, estes protagonistas. Haja telefone, chamada de vídeo entrecortada pelo sinal da internet, conversas de WhatsApp... O sentimento pequenininho foi virando uma vontade imensa. E foi também se sedimentando. Para Nathally, as conversas os deixaram mais unidos e confidentes. “A gente se tornou muito mais amigos do que qualquer outro momento que a gente tivesse passado se encontrando. Durante a pandemia, a gente criou um laço que é muito difícil de separar, de tirar isso da gente. São momentos que, mesmo de longe, a gente segura um a mão do outro”, garante.

Se a paquera, em tempos normais, pediria encontros no cinema, no restaurante ou mesmo nos banquinhos da Matriz, a pandemia mudou tudo. Foi o jeito se adaptar e aí, quando o desejo de se ver fala mais alto, os dois montam a estratégia, pegam a lista do que falta em casa e o encontro é entre as prateleiras do supermercado. A pandemia não deixa que a gente se veja pessoalmente, o tanto que a gente queria, mas não diminuiu o sentimento. E quando a gente se vê, nossa, é uma alegria imensa! A gente se abraça rápido pro Camilo (Santana, governador) não brigar”, brinca Luan.

O pedido de namoro, feito há pouco mais de uma semana, era planejado para ser em meio a uma multidão; foi mais íntimo, só os dois, na pracinha perto da casa dela, para evitar aglomerações. Luan, que reuniu cartinha, chocolate e flores - um combo que nenhuma comédia romântica colocaria defeitos -, ainda projeta uma declaração de amor pública. É um dos planos. O outro compartilhado pelos dois é coisa simples, dessas que parecem a última cena de filme que precede uma história de amor por viver. “A quarentena nos impediu de viver muitos momentos, mas nos ensinou a valorizar outros. Hoje, a gente tem um sonho grande de andar de mãos dadas, sem precisar se preocupar com nada”, imagina Luan.

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