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A crise sanitária como termômetro para a retomada dos setores
Reportagem

A crise sanitária como termômetro para a retomada dos setores

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Tipo Notícia

Na avaliação do economista e professor da Universidade de Fortaleza (Unifor), Alisson Martins, o ritmo da retomada da atividade econômica dependerá, fundamentalmente, da evolução da pandemia, se teremos ou não aumento no número de casos ou uma segunda onda de contaminação. E na perspectiva econômica, da recuperação da confiança dos empresários e consumidores, que deverão repercutir na renda, emprego e consumo. O que exigirá dos governos mais posturas assertivas de estímulos.

"Neste processo de retomada, as atividades que demandam fluxo de pessoas e aglomerações, como as econômicas do turismo e entretenimento, deverão ser aquelas que enfrentarão maiores dificuldades em recuperar o nível econômico antes da crise", avalia o economista.

Para ele, no entanto, a equação dos gastos públicos e a necessidade de estímulos econômicos é o maior desafio. Ele reforça que o Governo Federal, que possui mais instrumentos macroeconômicos à disposição, como políticas monetárias e fiscais de montante mais elevado, deverá acioná-los para dinamizar a economia. "E no nível local, as estratégias de postergação e parcelamento de tributos, renegociação e reescalonamento de dívidas tributárias, devem permanecer entre as estratégias utilizadas, até que a economia cearense demonstre sinais de retomada mais evidente".

O professor de Economia Aplicada da Universidade Federal do Ceará (UFC), Almir Bittencourt, reconhece a complexidade que será ao poder público garantir o investimento em meio à queda de arrecadação. Mas reforça como fundamental um olhar mais apurado aos mais vulneráveis.

"O Estado vai ter que fazer um colchão de proteção social aos mais vulneráveis, aos autônomos, aos informais, a quem perdeu o emprego, para que possam ter pelo menos o mínimo para garantir a sobrevivência ou prosseguir com as suas atividades", acrescenta.

 

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