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Tecnologia de dados está em alta na pandemia e deve continuar no pós
Reportagem

Tecnologia de dados está em alta na pandemia e deve continuar no pós

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FACHADA do Data Center da Angola Cables na Praia do Futuro (Foto: Rogério Lima/Angola Cables)
Foto: Rogério Lima/Angola Cables FACHADA do Data Center da Angola Cables na Praia do Futuro

O setor de telecomunicação, que já era uma grande promessa de desenvolvimento da economia cearense para os próximos anos por conta do hub de telecomunicações da Angola Cables e a própria infraestrutura do Cinturão Digital, deve galgar passos mais largos daqui para frente em função dos próprios hábitos de consumo adquiridos durante a pandemia.

Com as pessoas mais tempo em casa, o consumo de internet no Brasil aumentou exponencialmente e com ele a produção de conteúdos digitais, teletrabalho, e-commerce, teleatendimento na área da saúde e as aulas a distância, por exemplo.

A Angola Cables, empresa que gerencia o Data Center Tier III AngoNAP Fortaleza, além dos cabos submarinos SACS (Fortaleza/Luanda) e Monet (Santos/Fortaleza/Miami), informa que o volume de tráfego de dados nos países onde atua triplicou nos últimos quatro meses, perfazendo um aumento de 200% nas operações. No Brasil, isso foi ainda mais expressivo: seis vezes mais do que no período anterior à pandemia.

O diretor regional da Angola Cables, Victor Adonai Costa, acredita que mesmo após a reabertura plena das atividades econômicas esta é uma área cuja demanda seguirá crescendo. E chama atenção especial para o mercado de streaming, games e entretenimento, como as lives, que tanto se popularizaram neste período. "Como aumentou a demanda, a tendência é se profissionalizar cada vez mais, aprimorar a tecnologia, melhor definição de imagem e isso requer uma maior quantidade de dados trafegando. Os novos hábitos criaram um outro patamar de qualidade, que a gente não volta mais ao que era antes".

Independentemente da crise sanitária, o Ceará já vivia forte expansão no mercado de provedores de internet, sobretudo, de pequenos e médios. A cearense Brisanet, por exemplo, vem aumentando a uma média entre 60% e 70% ao ano a sua rede de infraestrutura de telecom.

E mesmo sem estar na Capital (o início das operações em Fortaleza está previsto somente para o final de julho), a empresa, cuja sede fica em Pereiro, na região do Jaguaribe, é hoje a maior provedora de internet banda larga no Estado, respondendo por 22,3% do mercado, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

O CEO da empresa, José Roberto Nogueira, diz que, durante a pandemia, o tráfego de dados dobrou e a base de clientes vem crescendo a uma média superior a 5% ao mês. Por conta desta demanda e dos planos de expansão da rede nos quatro estados em que atua (CE, RN, PB e PE), a empresa projeta crescer este ano acima de 80%. Só em Fortaleza a previsão é de criação de 700 vagas de trabalho até dezembro.

Ele diz que a empresa também criou, no fim do ano passado, uma segunda frente, a Agility Telecom, projeto de franquias para levar internet banda larga às pequenas cidades do Nordeste. Já são 145 franquias em mais de 400 cidades. "Este modelo de franquia foi criado para dar suporte aos pequenos provedores que querem levar internet aos rincões do Nordeste, que não despertam interesse dos grandes grupos econômicos, mas que tem demanda por parte da população. A gente acredita que até 2022 e 2023 vamos estar presente nos nove estados do Nordeste, seja pela Brisanet ou por franquia".  

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