A mercadóloga Emanuele Silveira, 33, está entre os que sofreram com a corrosão da renda familiar devido à crise econômica, mas não tiveram perda total. Em casa, assim como ela, os pais são autônomos e foram atingidos com o fechamento do comércio.
A situação forçou a mudança do consumo, mas, para além disso, a rotina na quarentena transformou a sua relação com o dinheiro. As refeições fora de casa já não eram mais viáveis diante do isolamento social, e o consumidor de produtos de beleza e vestuário perderam o sentido no contexto atual.
"Com um poder aquisitivo reduzido, a prioridade passou a ser itens para casa, principalmente, alimentação e limpeza, já que que passamos muito mais tempo em casa", explica.
"Vestuário e beleza definitivamente ficaram em segundo plano, inclusive, foi o maior período da minha vida adulta sem consumir esses itens. Além de não serem algo prioritário, também não tive necessidade já que estava trabalhando de casa", acrescenta.
Emanuele conta que o orçamento foi modificando, sendo ajustado à atual realidade, necessidades e incertezas que ainda estão no percurso. Agora, consumir de maneira mais consciente, seletiva e guardar recursos para uma emergência passaram a ser prioridades. "As reservas se tornaram ainda mais importante, tanto do ponto de vista de orçamento familiar quanto empresarial", afirma.