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"Somos aliados, mas os partidos são independentes"
Reportagem

"Somos aliados, mas os partidos são independentes"

Cap. Wagner sobre Eduardo Girão
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Deputado federal e presidente do Pros no Ceará, Capitão Wagner comentou o apoio do senador Eduardo Girão (Podemos) à pré-candidata Emília Pessoa (PSDB) à Prefeitura de Caucaia.

"Somos aliados, mas os partidos são independentes", disse o parlamentar ao O POVO.

Coordenador da campanha de Wagner, Girão assegurou sustentação à candidatura da vereadora tucana no município da Região Metropolitana de Fortaleza - o segundo maior colégio eleitoral cearense.

Pessoa foi candidata a vice-governadora na chapa entre Pros e PSDB ao Abolição em 2018, encabeçada por General Theophilo, hoje presidente do Podemos em Fortaleza.

Em Caucaia, porém, Wagner apoia o deputado estadual e correligionário Vitor Valim para o Executivo municipal. A reportagem tentou contatar Valim sobre o assunto, mas não houve retorno.

Outra dificuldade que os atores presentes no xadrez eleitoral de Caucaia terão de contornar envolve o PSD de Domingos Filho, o PDT e o PSL do deputado federal Heitor Freire.

Na cidade, o PSL apoia Naumi Amorim (PSD), candidato à reeleição que também conta com o aval do PDT, o que pode causar uma saia-justa para pedetistas, já que o PSL ainda é um partido ligado ao presidente Jair Bolsonaro e pelo qual ele se elegeu dois anos atrás.

Presidente do PSD, Domingos Filho fala que essa aliança com o PSL "é uma articulação feita diretamente com ele (Naumi)" e que, dessa maneira, não teria passado por conversas com a sigla sob seu comando.

Se PSD e PDT se entendem em Caucaia com vistas às eleições de 2020, outros dois partidos estão praticamente fechados naquele município: PT e PSB.

Presidente da executiva municipal petista, professor Evando de Sousa informa que o pré-candidato Elmano de Freitas "já conversou com Dênis (Bezerra, deputado federal e dirigente do PSB), e dessa conversa saiu uma aliança com PSB e PT".

Segundo o dirigente, para arrematar a composição, "falta apenas aval final da executiva nacional". O petista considera ainda que, "a partir desse núcleo, estamos procurando outros partidos para formar uma frente de esquerda".

Esse bloco, segue o professor, poderá incluir ainda siglas como o Psol e o PCdoB, que já sinalizaram que estão dispostas a lançar nome próprio. "A ideia é formar a frente de esquerda com PSB, PCdoB, Psol e Unidade Popular", avisa. 

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