Os 74 processos por danos morais movidos contra o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) na Justiça do Ceará somam, ao todo, 244 acusações e xingamentos diferentes. Entre a extensa lista de ataques, alguns envolvendo até termos criados pelo ex-ministro, os mais comuns envolvem, além de acusações de desvio de dinheiro público, alcunhas de "marginal" e "quadrilheiro".
Ao todo, acusações de malversação de recursos públicos motivam pelo menos 26 processos contra o ex-ministro na Justiça local. A maioria movidos pelo ex-senador Eunício Oliveira (MDB), a quem Ciro frequentemente acusava de ter "enriquecido enquanto senador através de contratos malversados com a Petrobras". Em seis dessas ações, o pedetista já foi condenado a pagar indenizações a Eunício, mas ainda recorre da sentença.
O xingamento de "marginal" aparece logo depois na lista, citada em 22 processos. A maioria delas foi movida por representantes de policiais militares ou pelo pré-candidato do Pros a prefeito de Fortaleza, deputado Capitão Wagner. Outro ataque frequentemente usado por Ciro contra PMs é a acusação de ligações com o tráfico de drogas, que embasam 18 processos.
A lista segue com todo tipo de ataque comum no meio político, como "corrupto" (12 casos), "mentiroso" (11), "picareta" (9), "mafioso" (5) e até "vagabundo" (5). Há ainda termos mais "criativos", como quando o ministro chamou o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB-RJ), de "entre mil picaretas, o picareta-mor".
O processo com o maior número de ataques simultâneos feitos por Ciro foi movido em setembro de 2014 por Eunício Oliveira. Em publicação no Facebook, o pedetista atacou o ex-aliado pelo menos oito vezes, o chamando de "ladrão", "traficante de influência", riquinho", pilantra", "corrupto" e diversas acusações de crimes diversos.