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Bate-pronto com Marcelo Urbano
Reportagem

Bate-pronto com Marcelo Urbano

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Tipo Notícia
Marcelo Urbano, professor da Universidade de São Paulo e um dos autores do estudo (Foto: Cecília Bastos/USP Imagens)
Foto: Cecília Bastos/USP Imagens Marcelo Urbano, professor da Universidade de São Paulo e um dos autores do estudo

O POVO - A diminuição dos casos em Fortaleza está acontecendo por causa da imunidade ou pelo distanciamento?

Marcelo Urbano - Ambos. Fortaleza tem 15% de imunizados. Se esses números estiverem próximos da realidade, é bem provável que não só Fortaleza, mas cidades como Sobral e Quixadá, por exemplo, já estejam perto do chamado limiar de imunidade. Tudo indica que em Fortaleza o declínio esteja relacionado à imunidade coletiva. A contraprova vai ocorrer quando as medidas de distanciamento forem retiradas. Aí veremos se terá ou não uma 2ª onda.

OP - Isso significa que a epidemia vai acabar logo?

Marcelo - Não. Significa que a partir deste momento, vai haver uma desaceleração e a tendência é a epidemia se extinguir ao longo do tempo. A interdição das medidas de distanciamento social tem de ser feita com muito cuidado porque ainda há um nível de incerteza sobre a epidemia. Mas é uma luz no final do túnel.

 

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