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Mais herói que nunca Sempre disposto a ajudar
Reportagem

Mais herói que nunca Sempre disposto a ajudar

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Tipo Notícia
Médico Silas Camurça e família (Foto: Acervo pessoal)
Foto: Acervo pessoal Médico Silas Camurça e família

"Agora, ele é mais herói do que nunca", diz Bernardo, 40, filho do médico Elcias Camurça, 69, cardiologista que trabalhou na linha de frente no combate a Covid-19. Nesta pandemia, Elcias atuou na área comunicacional do Hospital da Unimed, onde fazia avaliações de pacientes e repassava a situação aos familiares. Diariamente, ele realizou esse processo em cerca de 15 a 20 vezes.

Assim como Bernardo, Lucas, 33, e Renata, 44, outros dois filhos de Elcias disseram que, devido à exposição médica, a preocupação com o pai foi grande, mas que sabiam da necessidade daquele trabalho. "No começo, eu fiquei muito preocupado por conta da idade. Depois, entendi o trabalho dele mais de perto. Ele foi a pessoa responsável por confortar e dar força às famílias naquele momento tão delicado", conta Bernardo, que hoje cursa medicina por influência do pai.

"Ele que entrava em contato com os familiares, passava a evolução dos pacientes. É uma área que requer muita experiência e delicadeza. Esse trabalho simbolizou exatamente a visão que a gente tem dele, uma pessoa amiga, que sabe aconselhar e sempre está pronto a ajudar quando for preciso", acrescenta Lucas.

Outro aspecto que tranquilizou os três foi o amplo domínio da profissão por parte do pai, devido aos mais de 40 anos de trabalho. "Fiquei tranquila porque ele é uma pessoa muito experiente na área dele. Sei que se daria muito bem em qualquer coisa que ele fosse assumir", diz a única filha.

Sobre os sentimentos e suas respectivas relações com o pai, todos contaram que têm muito orgulho dele, principalmente neste momento de pandemia, e que são extremamente gratos por tudo que o Elcias fez e segue fazendo na vida de cada um.

"Ele é um herói, um espelho. Uma pessoa muito íntegra, correta e extremamente presente, um amigo. Tenho tantos momentos especiais com ele, que talvez o mais especial seja nossa convivência no dia a dia. Pai é sinônimo de amor, e é esse sentimento que eu tenho por ele", diz Lucas.

"Meu pai sempre foi um modelo de muito trabalho e estudo. Um dos meu amores, a leitura, devo em grande parte a ele. Sempre quando precisei, esteve ao meu lado", afirma Renata.

"É um herói para mim. Agora, ele é mais herói do que nunca, com esse serviço prestado à comunidade. Com certeza, um exemplo para nós, filhos", reforça Bernardo. (Alan Melo/Especial para O POVO)

 

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