Quando já estava no final de uma gestação sem complicações, Daiane Oliveira, 20, sentiu-se febril. Foi em meados de julho e, alguns dias depois, sentiu uma forte falta de ar. Como já tinha problema com asma, não imaginou inicialmente que pudesse ser Covid-19. Mas, quando começou a sentir irritação na garganta, buscou uma unidade de saúde de Limoeiro e foi encaminhada para uma maternidade.

Após três dias de internação, chegou o resultado que confirmou o diagnóstico de Covid-19 — após testes rápido ter dado negativo para a doença — e ela foi transferida para o Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), em Quixeramobim, para ficar em isolamento e em observação. Foi lá onde Daiane deu à luz a Lorena, no dia 28 de julho, na 40ª semana da gestação. "Eu tinha medo de ter possibilidade de passar para ela, de ela ter algum problema, mas graças a Deus deu tudo certo", comemora.

Antes do diagnóstico e da internação, ela conta que tinha medo de se infectar por causa da gestação e da asma, e que costumava manter-se em isolamento. Depois do período no hospital, já em casa com a filha e o marido, Daiane ainda não pode receber visitas e mantém as precauções necessárias para proteger Lorena, utilizando máscara para amamentar e cuidar da pequena, além de utilizar álcool gel.