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Layane: "Gostaria que ela pudesse nascer já tendo a vacina"
Reportagem

Layane: "Gostaria que ela pudesse nascer já tendo a vacina"

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A assistente financeiro Layane Miranda, 30, teve Covid-19 durante a gestação (Foto: Acervo pessoal)
Foto: Acervo pessoal A assistente financeiro Layane Miranda, 30, teve Covid-19 durante a gestação

Desde abril, Layane Miranda, de 30 anos, perdeu o olfato e o paladar. Chamados anosmia e ageusia, respectivamente, esses foram alguns sintomas da Covid-19 percebidos por ela. À época na 25ª semana de gestação — no sexto mês da gravidez —, a principal queixa da assistente financeiro era a sensação de moleza. O marido dela, por outro lado, adoeceu antes de Layane e se sentiu pior.

"Eu sentia como se respirasse dentro de uma piscina e não tenho certeza se tive febre. Meu marido adoeceu antes de mim e estava mal, ele teve febre, calafrios, dores no corpo, o pulmão dele estava bem complicado. E, apesar de ele tomar muitos remédios, a febre não passava. Somos só nos dois, então, graças a Deus, eu não senti quase nada, em relação a ele", conta.

O período dos sintomas não coincidiu com nenhuma consulta agendada de pré-natal, que continuou normalmente, e Layane diz que não recebeu orientação médica específica sobre a Covid-19. Ela até pensou em buscar atendimento, mas teve medo de não ter a doença e a contrair no hospital.

A confirmação da presença de anticorpos para a Covid-19 só veio quando ela realizou um teste antes de retomar as atividades no trabalho. O maior receio de Layane é de a filha pegar Covid-19 e não ser resistente como a mãe. "Gostaria que ela pudesse nascer já tendo a vacina, algo mais controlado." Mas a pequena Laura Beatriz chegou ontem, 12.

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