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Bruno Gonçalves reconhece veracidade "trechos" de áudio vazado, mas diz que não tem "nada de ilegal"
Reportagem

Bruno Gonçalves reconhece veracidade "trechos" de áudio vazado, mas diz que não tem "nada de ilegal"

"Nada de ilegal", segundo o deputado.
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DEPUTADO Buino Gonçalves (Foto: Junio Pio/Divulgação AL-CE)
Foto: Junio Pio/Divulgação AL-CE DEPUTADO Buino Gonçalves

Após dias sem ir à AL-CE, Bruno Gonçalves (PL) foi ontem ao plenário para a votar pela punição a André Fernandes. Ele se defendeu pela primeira vez do vazamento de uma conversa onde supostamente tenta negociar compra de apoio para a reeleição de sua mãe, a vereadora de Fortaleza Marta Gonçalves, e para a base do prefeito Roberto Cláudio (PDT).

"Na minha visão, tudo que tinha ali não tem nada de irregularidade, inclusive já prestei esclarecimentos ao Ministério Público Eleitoral e tudo foi esclarecido. Só não darei detalhes para não atrapalhar o sigilo da investigação", disse. Indagado, o deputado reconheceu ainda a veracidade de "alguns trechos" do áudio.

Na conversa vazada, ele oferece valores entre R$ 150 mil e R$ 250 mil para que o suplente de vereador Maninho Palhano se filie ao PL e apoie candidatura de Marta Gonçalves em Fortaleza. O Pros, partido de Maninho, acionou o Conselho de Ética e o MP abriu procedimento para apurar o caso.

"Em tratativa política como aquela se fala muitas inverdades, se cria um cenário diferenciado, um cenário muito bonito que na verdade não acontece. E todos os valores que foram tratados naquela negociação estão na lei, estão dentro do limite do Fundo Eleitoral. E a gente tava falando de Fundo Eleitoral, dentro do que a lei permite", justificou.

Gonçalves também negou qualquer relação do caso com Roberto Cláudio, que é citado na conversa diversas vezes. "Quando eu digo o nome dele, foi para me credibilizar ali na tratativa", assumiu.

O parlamentar justificou que as ausências em sessões recentes da AL-CE se deram em razão de ser pré-candidato à Prefeitura de Aquiraz. "E a pré-campanha está sendo muito puxada". Ou seja, admite que está faltando o trabalho para investir na própria candidatura. (colaborou Carlos Mazza)

 

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