Agosto de 1936 - Adolf Hitler pretendia usar a Olimpíada de Berlim para estabelecer a superioridade racial da Alemanha ariana. Negro, o norte-americano Jesse Owens foi o maior destaque da competição, com quatro ouros — feito inédito até então. Ele tentou ganhar a vida após os feitos, mas foi alvo de discriminação nos Estados Unidos e teve dificuldade de arranjar trabalhos.

Outubro de 1961 – Após terem o serviço negado em hotel no Kentucky, cinco jogadores do Boston Celtics, da NBA, liderados por Bill Russell, se recusaram a jogar uma partida de pré-temporada. Em abril de 1968, Russell e o seu maior rival, Wilt Chamberlain, sugeririam o adiamento das finais da Liga após o assassinato do ativista negro Martin Luther King Jr.

Março de 1966 – Com discurso profundamente racial e religioso, Muhammad Ali recusou convocação para a Guerra do Vietnã. Ele foi preso, teve a licença para lutar boxe suspensa e perdeu os títulos que tinha. Condenado, respondeu o processo em liberdade até 1971, quando a Suprema Corte reverteu a decisão de forma unânime. Ele voltou a lutar em 1970 e é considerado o maior nome da história do boxe.

Outubro de 1968 – Tommie Smith e John Carlos, atletas afro-americanos, subiram ao pódio na Olimpíada da Cidade do México, vestiram luvas pretas e ergueram o punho em saudação “black power” (poder negro) durante o hino. O Comitê Olímpico Internacional (COI) pediu a expulsão dos atletas da Vila Olímpica e chegou a ameaçar todo o Comitê Norte-Americana de banimento após a recusa. Smith e Carlos acabaram sendo expulsos e foram massacrados ela mídia por anos.

Setembro de 2016 – O quarterback Colin Kaepernick, então no San Francisco 49ers, começa a se ajoelhar durante o hino dos Estados Unidos ainda na pré-temporada. Aos poucos, mais atletas se juntam ao protesto, começando por Eric Reid e Jeremy Lane, até o movimento atingir outros esportes. Em 2017, Kaepernick foi liberado pelo time e desde então não recebeu proposta para voltar à NFL.