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Com estrutura e recursos, MDB se transforma em aliado dos sonhos
Reportagem

Com estrutura e recursos, MDB se transforma em aliado dos sonhos

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A essa altura, o MDB de Eunício Oliveira tem conversas abertas com pelo menos três partidos, em maior ou menor intensidade: PT, Pros, Solidariedade. O PSL também já foi ao encontro da legenda, principalmente na relação de Heitor Freire com Gaudêncio Lucena. Rompido com Roberto Cláudio desde 2018, a quem atribui a derrota sofrida para Eduardo Girão, o ex-senador se movimenta no sentido de posicionar o MDB onde o PDT não estiver.

A amizade com o ex-presidente Lula, de quem foi ministro das Comunicações, aliada ao fato de que Luizianne Lins (PT) deverá demarcar muitas diferenças em relação aos irmãos Ferreira Gomes, são fatores que capazes de fazer a famosa aliança PT-MDB ser reeditada.

A adesão do partido conferirá tempo de televisão e rádio no horário eleitoral gratuito. 90% do tempo de inserção são distribuídos aos partidos a partir do tamanho das bancadas federais que conseguiram eleger. Os 10% restantes são fatiados igualmente. O MDB elegeu 34 deputados federais. E foi o partido que mais elegeu senadores. Foram 14.

Há também o orçamento polpudo ao qual o partido terá direito: aproximadamente R$ 148 milhões, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os presidentes nacionais dos partidos decidem sobre a divisão dos recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha.

Com a influência do ex-presidente do Senado na instância nacional da legenda, é possível que o MDB fique com fatia generosa destes valores para eleger ou reeleger prefeitos, mas também apoiar outros. São razões práticas pelas quais o partido, ainda indefinido, tem relevância no jogo.

Se Eunício entrar em sintonia com os planos de Wagner, o militar chegará à décima agremiação em seu arco, com muito tempo para falar ao eleitor. Se chegar a um entendimento com Heitor Férrer (SD), com quem se reuniu recentemente, apesar de adversários em Lavras da Mangabeira, o deputado estadual terá então sua primeira adesão.

"Eu procurei o Eunício e fiz questão de enfatizar, primeiro, o papel dele como político. Foi senador da República, foi deputado, presidente do Senado e presidente da República, portanto um líder. Fiz questão de dizer que em Fortaleza temos um eleitorado que não vota no status quo (PDT), não vota no PT e não vota no Wagner", disse Férrer ao O POVO. "Esse eleitorado por enquanto está órfão de uma candidatura ao centro"

Questionado se vai para a disputa no caso de não conseguir coligar, ele respondeu ser "muito cansativo andar com uma perna só".

DEM e PSDB se moverão juntos em 2020. Devem aprofundar conversas para definir como se posicionarão na eleição. Os tucanos têm a pré-candidatura do ex-deputado estadual Carlos Matos. Nos bastidores, porém, há muitas incertezas de que o nome possa vingar na Cidade, até mesmo pelo clima de acirramento que vai se consolidando. Pesquisa encomendada não foi animadora. O bloco conversa tanto com o PDT como com Wagner. 

 

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