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Confiança empresarial sobe 7 pontos em agosto
Reportagem

Confiança empresarial sobe 7 pontos em agosto

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O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 7 pontos em agosto ante julho, para 94,5 pontos, informou ontem a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em quatro meses consecutivos de altas, o índice recuperou 96% das perdas registradas nos meses de março e abril, decorrentes da pandemia de Covid-19. Houve melhora na confiança em 92% dos 49 segmentos pesquisados em agosto.

A indústria e os serviços mantiveram a disseminação de alta já vista no mês anterior, com 95% e 92% dos subsetores com avanços, respectivamente. A construção teve alta na confiança em 82% dos subsetores, enquanto o comércio teve elevação em 100% dos seus segmentos.

"A confiança empresarial subiu de forma expressiva em agosto, dando sequência à tendência de recuperação iniciada em maio, sob influência da melhora da percepção dos empresários em relação à situação presente dos negócios. Em termos setoriais, os destaques são a indústria e o comércio, cujos níveis de confiança já estão próximos aos do período anterior à pandemia do novo coronavírus. Na construção e, principalmente, no setor de serviços, a retomada do otimismo é semelhante a dos outros setores, mas a percepção sobre a situação atual continua bastante desfavorável, o que vem contendo uma alta mais expressiva da confiança", avaliou Aloisio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV).

O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da indústria, serviços, comércio e construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em agosto, pela primeira vez desde a crise sanitária, a melhora da confiança foi mais influenciada pela evolução da percepção dos empresários sobre o momento presente do que em relação ao futuro. O Índice de Situação Atual (ISA-E) subiu 8,9 pontos, para 88,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-E) avançou 6,3 pontos, para 96,1 pontos.

O componente de demanda para os próximos três meses aumentou 5,5 pontos em agosto, recuperando até então 91% das perdas de março e abril, enquanto o de emprego previsto para três meses subiu 6,3 pontos, resgatando 89% do que foi perdido. Já o item tendência dos negócios no horizonte de seis meses cresceu 8,2 pontos, uma recuperação de 79% das perdas de março e abril. (Agência Estado)

 

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