O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), André Braz, aponta que a alimentação tem impactado no bolso dos consumidores, sobretudo, durante a pandemia.
"O que pesa mais no custo de vida das famílias, principalmente as que vivem de um salário mínimo, são as despesas de alimentos no domicílio. Nesse contexto, o reajuste acabou não sendo grande coisa, quando observamos que a despesa subiu tanto quando o salário mínimo", avalia.
Em Fortaleza, as variações semestral e anual da cesta básica foram de 4,93% e 5,03%, respectivamente. Isto significa que a alimentação básica em julho de 2020 (R$ 454,74) está mais cara do que em janeiro de 2020 (R$ 433,39) e julho de 2019 (R$ 432,96). Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
No semestre, dos produtos que compõem a cesta básica, os únicos itens a apresentaram reduções nos preços foram o pão (-0,42%) e a banana (-12,02%). Os que tiveram as maiores elevações foram o feijão (27,52%), o arroz (22,21%) e a farinha (18,47%). Na série de 12 meses, três itens sofreram reduções nos preços, foram o tomate (-33,70%), a banana (-9,62%) e o café (-2,81%).