Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) afirmou trabalhar com foco em ações de territorialização nas regiões onde são registrados os maiores índices de crimes contra a vida, assim como atua "com o fortalecimento da polícia investigativa nesses locais para coibir a atuação e a disputa entre organizações criminosas".
Como exemplo dessas medidas, a pasta cita o Programa de Proteção Territorial e Gestão de Riscos (Proteger), cujas bases estão em 32 pontos na Capital e Região Metropolitana. "Entre esses locais, estão áreas onde eram registradas ameaças contra moradores, como é o caso das comunidades Gereba e Babilônia, no bairro Passaré; e a Lagoa do Urubu, no bairro Floresta, em Fortaleza. Outras 12 bases devem ser instaladas nos próximos meses".
Conforme a SSPDS, as bases do Proteger são instaladas após o mapeamento de 70 indicadores, como Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs), renda, saneamento e educação. A partir disso, são definidas os locais prioritários para o projeto. "Além do trabalho policial, a Secretaria e outras instituições públicas e privadas trabalham em conjunto para a revitalização e a urbanização dos locais, além de proporcionar projetos sociais com música e esporte, que atendam à população mais vulnerável".
O Proteger também atua sob o viés do chamado policiamento de proximidade, em que policiais militares buscam "firmar laços de confiança com a população no intuito de inibir ameaças". Em 2020, 214 policiais militares já foram capacitados com a doutrina de policiamento comunitário e de proximidade, conforme a SSPDS, e a previsão é de que mais 400 recebam a instrução até o fim do ano.
A SSPDS também destacou o trabalho de dissuasão focada desenvolvido pela Polícia Civil nesses territórios. "O trabalho é direcionado contra grupos violentos, enfraquecendo a ação deles nesses territórios", afirmou a pasta, citando como exemplo operação realiza sob essa doutrina que prendeu 21 pessoas em 12 de agosto último.