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Suspeito de matar Jefferson continua foragido
Reportagem

Suspeito de matar Jefferson continua foragido

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Menino, coroinha na Paróquia São Pedro, na Barra do Ceará, foi assassinado em agosto (Foto: Foto: Reprodução/Facebook)
Foto: Foto: Reprodução/Facebook Menino, coroinha na Paróquia São Pedro, na Barra do Ceará, foi assassinado em agosto

Já são réus os cinco acusados de matar Jefferson de Brito Teixeira, em 18 de agosto último. Quatro deles foram presos, mas um segue foragido, apesar de mandado de prisão em desfavor. Além deles, um adolescente participou das agressões que resultaram na morte do coroinha de 14 anos.

Na semana passada, a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual (MPCE) contra o grupo. Conforme a denúncia, o crime ocorreu após Robson Vasconcelos, um dos denunciados presos, sair de seu trabalho, no Mercado dos Peixes, para lanchar. Foi quando se deparou com Jefferson e percebeu que a sobrancelha do adolescente era cortada em três partes — o que interpretou como referência à facção criminosa Guardiões do Estado (GDE). Robson, então, teria arrebatado Jefferson pela gola da camisa e conduzido-o a "local mais reservado", onde começou a sequência de agressões. Ao perceber a presença dos demais réus, Robson teria gritado: "vem, vão ajudar não? É pilantra, tá falando tudo 3 (suposta menção à GDE)!". O grupo, então, passou a desferir chutes, socos, pauladas e pedradas contra Jefferson. O acusado foragido ainda dispararia com uma arma de fogo.

"Para além do homicídio, restou demonstrado da análise dos elementos informativos, que os réus fazem parte da Organização Criminosa Comando Vermelho, praticando a ação homicida em nome da citada Orcrim, objetivando demonstrar, principalmente, força territorial, não permitindo que terceiras pessoas (faccionadas ou não) transitem em seus 'territórios' (bairros) livremente", afirma o promotor Francisco Wilson Gonçalves na denúncia.

Jefferson não era integrante de facção. Tinha feito as marcas na sobrancelha apenas em alusão a um cantor de funk. Além de coroinha, Jefferson era estudante do 5º ano e praticava capoeira. Era para uma aula de capoeira que havia ido, antes de ser executado; ele voltava para casa ao descobrir que não haveria encontro naquele dia.

Questiona sobre o foragido, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) reforçou que quatro suspeitos foram presos e que as investigações seguem em andamento. "Mais informações serão repassadas posteriormente visando preservar o andamento dos trabalhos policiais", afirmou.

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