Na lógica da entrega, o fase final é a mais importante. Hoje, não é aceitável que produtos fiquem parados muito tempo na chegada à cidade destino. Potencializar esse caminho é preciso e a tecnologia é aliada.

O doutor em Logística pelo Centro de Pesquisa em Transporte e Logística (Cret-Log) da Universidade Aix-Marseille, Igor Pontes, destaca que o last mile é a parte mais cara da logística de entrega, a partir de alguns problemas, como trânsito, multas por faltas de zonas de carga e descarga, acidentes, assaltos, fora a falta de entrega em si, geralmente porque o cliente não está em casa para receber a encomenda.

"A logística de última milha não é nova no mercado, mas se torna uma estratégia, relacionada ao custo e ao tempo, algo importante para empresas de e-commerce", diz.

Para isso, projetos como o Pesse Carga, em que a ideia é desenvolver uma estratégia de transporte de cargas aproveitando o movimento de pessoas em seus veículos particulares. O foco é na economia compartilhada a favor do last mile de cargas pequenas, como livros. A plataforma está sendo incubada no Porto Digital, em Recife.

José Roberto Lyra, coordenador do Comitê de E-commerce da Associação Brasileira de Logística (Abralog), acrescenta que outros projetos do tipo são desenvolvidos por plataformas. Pontos de entrega são exemplos de redução de custos e comodidade aos consumidores que passam o dia fora de casa, por exemplo, quando recebem sua encomenda num ponto pré-determinado. Outro caso são os lockers, armários em locais específicos que só abrem com códigos exclusivos para os clientes.