Se por um lado a pandemia fez com que as oportunidades de trabalho praticamente zerassem neste ano para a cuidadora Lídia Germênia Sousa, 49, por outro, o dinheiro certo todo mês do auxílio emergencial, no valor de R$ 1.200, trouxe mais tranquilidade e bonança para ela e os dois filhos.
Eles moram em Caucaia. "Sou só eu e meus filhos. Antes ganhava R$ 170 do Bolsa Família e mais o que conseguia como cuidadora. Mas não era um dinheiro certo até porque nem podia ficar muito tempo fixo porque preciso cuidar do meu filho que tem uma deficiência na coluna. Com o auxílio, deu um alívio porque passei a ganhar mais do que antes".
Ela conta que, com o dinheiro, além de ficar em casa mais tempo e assim reduzir o risco de contaminação pela Covid-19, conseguiu abastecer a geladeira, consertar a televisão e comprar material para um novo negócio: a venda de lanches na porta de casa.
Mesmo agora, com o valor do benefício reduzido à metade, a renda ainda é maior do que a que tinha antes. "Diminuiu para R$ 600, mas vou fazer o quê? O que me preocupa é quando acabar, porque as contas de água, luz , continuam chegando"
Ela diz que, aos poucos, os pedidos para que ela fique como cuidadora em hospitais estão voltando, mas ainda em ritmo inferior ao que tinha antes da pandemia. "Não sei como vai ser, vai ser rezar para voltarem mais a me chamar para trabalho".