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Faturamento sem moderação
Reportagem

Faturamento sem moderação

Edição Impressa
Tipo Notícia

Se para muitos setores a pandemia destroçou os negócios. Para o mercado do vinho, o crescimento foi surpreendente. André Linheiro, sócio da Brava Wine, diz que, apesar de preocupação inicial de fechar a loja física, reduzir o pessoal e passar a atender por delivery, o faturamento se multiplicou. "Em setembro, registramos o terceiro mês seguido com crescimento de 500%" na comparação com igual período do ano passado, portanto, uma grande evolução ante 2019, sem o novo coronavírus.

"Começamos a registrar aumentos substanciais. Também temos um aplicativo para atendimento e que na pandemia tiramos da gaveta. A demanda foi tamanha que passamos a divulgar o Whatsapp dos vendedores, que passaram a vender da sua casa", comemora.

Com a reabertura do comércio, a frequência das lojas aumentou. Mas engana-se quem pensa que a força do delivery diminuiu. Se na loja física predominam os clientes de maior poder aquisitivo, André diz que no app os vinhos são direcionados para bairros como Mondubim e Conjunto Esperança, por exemplo.

Para o pós-graduado em Marketing de Vinhos pela ESPM e Gestão de Negócios pela FGV, Diego Bertolini, assim como o calendário e o setor de eventos, a dinâmica do setor de vinhos precisou ser reinventada. "Temos de observar esse movimento de mercado, principalmente para vermos a questão de competitividade e posicionamento do vinho brasileiro. É bacana ver que o vinho brasileiro nunca esteve tão em evidência", observa.

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