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MP pede mais diligências para comprovar compra de voto de suposto chefe de facção
Reportagem

MP pede mais diligências para comprovar compra de voto de suposto chefe de facção

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Tipo Notícia

O Ministério Público Estadual (MPCE) pediu mais diligências à Polícia Civil visando substanciar a acusação de crime eleitoral imputada a Bruno Rafael Nascimento Leandro, o "Rafael Finim", apontado como chefe da facção Comando Vermelho no Maciço do Baturité. Ele havia sido preso por compra de voto no dia do primeiro turno da eleição.

Agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) flagraram Rafael, ao lado de outro homem, em um carro, abordando moradores diversos moradores em Redenção. Ao abordarem a dupla, os policiais encontraram R$ 2.261 em espécie, cuja origem não foi explicada pelos dois. Nenhum material de campanha foi encontrado e não foi informado qual candidato os dois estariam apoiando. Nas redes sociais, Rafael ostentava fotos com políticos da região.

O MPCE denunciou Rafael Finim, em 4 de dezembro último, apenas por integrar organização criminosa. O órgão ainda solicitou mais diligências para acusar o homem encontrado ao lado de Rafael, tendo pedido, por isso, o relaxamento de sua prisão. A Justiça ainda não recebeu a denúncia.

Na denúncia contra Rafael, são citados diversos depoimentos que apontam-no como chefia do CV — o que ele nega. Entre eles, está uma menção em bilhete apreendido em janeiro deste ano com um advogado, preso suspeito de repassar mensagens a lideranças da facção. A mensagem afirma que Rafael estava solto e pressionando para "pegarem" (droga, no entendimento da Polícia) somente dele.

À Polícia, Rafael confessou ser membro do CV, mas disse ter saído da facção em em 2018, tendo entrado na facção apenas para "se defender", após ser preso em 2015. "Eu estou preso eu não sei nem por quê, eu não vou falar de política não", afirmou em depoimento.

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