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As possibilidades que o trabalho remoto trouxe
Reportagem

As possibilidades que o trabalho remoto trouxe

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Tipo Notícia
FORTALEZA, 19-12-2020: Pedro Calixto, 27, trabalhava em uma startup no Rio de Janeiro, porem, com o isolamento social voltou para Fortaleza e e onde ele vai ficar mesmo apos o retorno do trabalho presencial. (foto: Bárbara Moira) (Foto: Barbara Moira)
Foto: Barbara Moira FORTALEZA, 19-12-2020: Pedro Calixto, 27, trabalhava em uma startup no Rio de Janeiro, porem, com o isolamento social voltou para Fortaleza e e onde ele vai ficar mesmo apos o retorno do trabalho presencial. (foto: Bárbara Moira)

A modalidade de home office trouxe flexibilidade geográfica ao desenvolvedor de software Pedro Calixto, 27. Há 10 anos, o cearense saiu de Fortaleza para estudar em Campinas, em São Paulo. Algum tempo após a conclusão do ensino superior, foi trabalhar em uma startup no Rio de Janeiro, onde estava há dois anos até a Covid-19 chegar ao País. Com a necessidade do trabalho remoto, ele finalmente pôde permanecer perto da família e da namorada, na Capital.

"A minha vinda já estava planejada para o fim de março, no meu aniversário. Mas, com o passar dos dias, a empresa determinou que ficássemos em home office por mais 15 dias. Depois, quando começaram a se dar conta do alcance da pandemia, foram expandindo até que a data fosse jogada para para outubro e agora fim do ano", lembra.

A empresa ainda não tem uma data definida para o retorno, mas deixou que os funcionários sinalizassem sobre o melhor modelo a ser adotado para cada um, além de conceder uma quantia mensal para que pudessem custear as despesas com internet e energia em casa.

Pedro, então, optou pelo trabalho remoto para ficar em Fortaleza. "Vou continuar porque é onde está minha família, minha namorada, com quem estou desde a época do colégio. Meus laços estão aqui", afirma.

No começo, a adaptação foi difícil na casa dos pais, sendo necessário comprar equipamentos para tornar o local mais confortável e ergonômico para a atividade. Além da estrutura, havia necessidade de mais privacidade para uma rotina sem interrupções. Outro desafio tem sido a organização dos horários, para não ultrapassar o período do expediente.

Após os ajustes, decidiu alugar um apartamento, priorizando a área para trabalhar que fosse separada do quarto. "Sinto falta do ambiente de escritório, de ver pessoas. Então, decidi que, quando a situação estiver confortável, vou utilizar coworking", projeta. A startup na qual Pedro trabalha também tem a opção de ajuda de custo voltada para os gastos com espaço compartilhado.

"Foi muito positivo a empresa deixar o funcionário mais à vontade. Não houve prejuízo no nosso trabalho e conseguimos produzir neste modelo quase do mesmo jeito. Mas converso com amigos e familiares e vejo que nem todas foram assim, exigindo que a galera voltasse logo. O que considero perigoso", aponta, destacando que esse posicionamento foi fundamental para reforçar comprometimento organizacional.

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