A oposição pode atuar fragmentada e se fragilizar ou pode somar forças e se fortalecer na Câmara de Vereadores de Fortaleza. A avaliação é de Márcio Martins, eleito pelo Pros, opositor de José Sarto (PDT).
O republicano projeta "um outro horizonte" para o bloco não alinhado com o prefeito eleito. Entre os partidos que integram esse grupo, estão Podemos, PSC, Pros e Republicanos, que constituem uma oposição à direita.
À esquerda, estão os parlamentares de Psol e PT, caso esta legenda decida por manter sua postura de hoje, crítica ao prefeito Roberto Cláudio (PDT).
Ao todo, as duas alas totalizam 14 parlamentares. "É uma oposição muito eclética. Vamos ter um desafio de controlar os ânimos com essa outra oposição da esquerda, vamos ter que saber compor em alguns momentos", disse Martins.
Para ele, a "oposição pode se fortalecer se os nove se juntarem aos cinco, ou seja, 14 vereadores", aumentando a capacidade de articulação e de força desses parlamentares.
Ideologicamente, porém, há um fosso quase intransponível separando Carmelo Neto (Republicanos) e Gabriel Aguiar (Psol). É essa distância que Martins diz ser possível superar em algumas votações na Casa, quando os interesses desses dois grupos convergirem eventualmente.
"Não conheço os parlamentares do Psol. Espero que haja uma possibilidade de diálogo e que ambos os lados tenham maturidade para deixar as questões ideológicas de lado e entender nosso papel", respondeu.