Um caso de prefeito eleito nas urnas, mas que não tomou posse no dia 1º de janeiro como a maioria de seus homólogos, ocorreu em Viçosa do Ceará. Zé Firmino Arruda (MDB) assumiu o Executivo do município apenas no dia 8, uma semana depois, quando foi diplomado pela Justiça Eleitoral.
O "atraso" é explicado por um imbróglio envolvendo o emedebista. Isso porque ele e o vice, Dr. Marcelo (MDB) tiveram registros cassados pelo juiz eleitoral da 35ª Zona Eleitoral, Moisés Brisamar Freire.
A acusação era de prática de abuso de poder político. Segundo a denúncia do Ministério Público, Firmino teria ordenado a perfuração de poços profundos e usado a ação com fins eleitorais.
Firmino recorreu ao STF e obteve, expedida pelo ministro Gilmar Mendes no dia 31 de dezembro, liminar favorável à sua diplomação.
Porém, como não fora diplomado a tempo pelo TRE-CE, a posse no dia 1º foi apenas "simbólica". Moisés Brisamar chegou a questionar a decisão de Gilmar Mendes, que confirmou o ordenamento da diplomação de Firmino.
Depois de oficializado prefeito, houve nova cerimônia na Câmara do município, com direito a festa e aglomeração de apoiadores.