Em tempos de pandemia, no ramo de produtos eletrônicos, a necessidade é o que tem ditado o valor médio das compras. Na Ibyte, o ticket médio de compras subiu 31% no primeiro trimestre deste ano se comparado a igual período do ano passado, explica o gerente de Marketing da rede, Nelson Gurgel.
"A gente aumentou muito o faturamento de notebook, TVs, porque as pessoas estão passando mais tempo dentro de casa e estão sentindo a necessidade de melhorar este ambiente seja para trabalhar ou encontrar formas de se divertir dentro de casa".
Mas isso não quer dizer que o fator preço deixe de pesar na escolha do consumidor cearense. Pelo contrário, dentro destas categorias, ele diz que os produtos de maior saída são aqueles na faixa intermediária.
"Algo que caiba no bolso, mas que atenda às necessidades deles. Uma situação muito comum, por exemplo, é o cliente dar o computador que ele já tinha em casa para os filhos assistirem aula e acabar comprando um novo para ele. Um equipamento melhor, que não é o mais caro, mas que atende ao que ele precisa", detalha.
Já quando se trata de frequência, são os produtos de menor valor agregado, como fones de ouvido ou tonner para impressora, que fazem o consumidor voltar mais vezes à loja.
Ele explica que todas estas mudanças no comportamento do consumidor, aliado à imprevisibilidade do controle da pandemia no País, tem feito com que o planejamento operacional seja revisto com maior frequência. O estoque, por exemplo, tem sido renovado em menor volume, mas com maior frequência, em um ajuste fino com a demanda .
"A gente entende que muito desse movimento no consumo é uma bolha em função da pandemia e que em algum momento essa demanda vai se equacionar. Mas é difícil saber o quando. É difícil fazer qualquer projeção, sequer de quando vamos voltar ao atendimento pleno, ou quando vai fechar tudo de novo, por isso estamos fazendo muito planejamento de curto prazo, mas observando as tendências de longo prazo". observa.