A Mercadapp, startup cearense que oferece transformação digital para o setor supermercadista, é outro exemplo bem-sucedido de empresas que vêm crescendo de forma exponencial nos últimos anos. Em novembro do ano passado, foi vendida por cerca de R$ 10,5 milhões para a Linx, líder no mercado de software de gestão varejista.
O diretor de segmento da Mercadapp, Gabriel Gurgueira, explica que a trajetória da startup começou em 2015, em um programa de fomento da Apple Academy, onde os participantes eram capacitados a desenvolver aplicações em iOS.
Em 2016, a empresa entrou no mercado como um marketplace de supermercados. No ano seguinte passa a ser acelerada pela Casa Azul Ventures e, em 2018, altera mais uma vez seu modelo de negócio para se tornar uma plataforma no formato 'whitelabel', no qual a empresa oferece a sua plataforma para que outros negócios possam vender seus produtos, com a identidade visual do próprio lojista.
Gabriel reforça que até chegar a esse formato foram várias tentativas, erros e acertos, inovações incorporadas, sempre com o objetivo de melhorar a experiência, tanto para o lojista, como para o consumidor final.
"A gente sempre teve um crescimento bem coerente. Em 2017, 2018, 2019, não teve nenhum ano em que a gente, pelo menos, não triplicasse os resultados em relação ao ano anterior. Mas quando chega 2020, a gente teve um crescimento ainda maior em função do cenário pandêmico, no qual foi praticamente obrigatório as pessoas aprenderem a fazer compras sem sair de casa."
Esse crescimento exponencial ocorreu, segundo ele, tanto na base de consumidores finais que passaram a fazer compras de supermercado online, como também por redes de supermercados que sentiram a urgência de se digitalizar. O que trouxe também novos desafios. O time da Mercadapp, por exemplo, que antes da pandemia, era formada por 16 pessoas, passou a ter 40.
"O desafio maior foi dar vazão a toda intensidade de trabalho que a gente tinha, da possibilidade de colocar novos supermercados no ar, entendendo o momento, a necessidade dos supermercados, e de fazer com que todos os consumidores finais tivessem uma boa experiência de compra."
Com o "exit", Gabriel explica que, do ponto de vista de operação, não muda praticamente nada em termos de equipe e gestão, que permanecem as mesmas, mas há novas prospecções quanto ao futuro. "A gente permanece no nosso desafio de manter a taxa de crescimento e atender ainda melhor esse mercado. E, junto com a Link, entende essa sinergia do ponto de vista de produto, de mercado, o que naturalmente começa a orientar a nossa operação também para aproveitar melhor as oportunidades."