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Posições de indicado sobre aborto e armas são fundamentais, diz Girão
Reportagem

Posições de indicado sobre aborto e armas são fundamentais, diz Girão

Senador cearense
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Girão virou entusiasta da candidatura de Moro (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)
Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado Girão virou entusiasta da candidatura de Moro

Integrante titular da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Eduardo Girão (Podemos-CE) diz que definirá voto pela aprovação ou não do indicado de Jair Bolsonaro para a vaga de Marco Aurélio Mello no Supremo Tribunal Federal (STF) apenas após a sabatina que o grupo irá realizar com o indicado.

Nesse sentido, o cearense destaca que temas da pauta de costumes ou conservadora, como jogos de azar, acesso a armas de fogo e aborto, devem ser determinantes no Senado.

"Meu voto só poderá ser definido na sabatina. É fundamental conhecer a visão de mundo do candidato, seus valores e princípios. Saber como pensa o futuro ministro sobre temas relevantes para a sociedade, como por exemplo a questão do aborto, das drogas, da jogatina, da liberação das armas de fogo", diz Girão em nota enviada ao O POVO.

"Considero muito séria a responsabilidade do Senado na aprovação do nome indicado pelo presidente da República para o STF", destaca Girão, que, apesar de ter se aproximado de senadores governistas na CPI da Covid, garante ter independência com relação ao governo Bolsonaro, sobretudo em votações como de indicação de ministros.

Girão destaca ainda que foi um dos senadores que se manifestou contra a indicação de Kássio Nunes Marques, "justamente porque não senti firmeza do ministro", ao STF. "Principalmente com relação ao combate à corrupção e à impunidade", diz.

Quanto aos currículos dos dois principais nomes no páreo, do atual advogado-geral da União, André Mendonça, e do atual presidente do Superior Tribunal de Justiça (STF), Humberto Martins, Girão destaca que "ambos reúnem as condições básicas do saber jurídico". "Mas isso, a meu ver, não é suficiente", diz.

O POVO tentou entrar em contato com o outro titular cearense da CCJ do Senado, Tasso Jereissati (PSDB), sobre o assunto. O tucano, no entanto, não respondeu aos questionamentos da equipe de reportagem até o fechamento desta edição. (Carlos Mazza)

 

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