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Número de IPOs continua em alta e deve superar resultado de 2020
Reportagem

Número de IPOs continua em alta e deve superar resultado de 2020

Mercado em expansão.
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A Hapvida abriu capital na B3 em abril de 2018. (Foto: DIVULGAÇÃO)
Foto: DIVULGAÇÃO A Hapvida abriu capital na B3 em abril de 2018.

A retomada da economia com o avanço da vacinação e a perspectiva de crescimento real do PIB em 2021 aparece como uma janela de oportunidade para as empresas que pensam em abrir capital. Eduardo Luque, sócio-diretor da IRKO, grupo com 65 anos anos no mercado de assessoria contábil, fiscal e trabalhista, entende que o nível de liquidez no mercado e o cenário de juros ainda é propício para os investimentos em ações, que deve dar retornos para as companhias que realizarem suas abertura de capital.

Em 2020, a B3 teve 28 IPOs (oferta pública inicial de ações traduzindo da sigla em inglês), o que foi o maior número desde 2007, quando ocorreram 64 lançamentos. Em 2021, a perspectiva é ainda melhor. Já tivemos até maio 26 IPOs e outras 24 empresas na fila para também estrear na B3.

"Existem empresas com boas teses para captar no mercado, visando à sustentação de seu crescimento e à geração de novos negócios", avalia. "Além disso, mesmo com a perspectiva de alta da Selic, os juros ainda permanecem em um patamar que favorece o investimento em ações, em detrimento da renda fixa."

Entre as cearenses (ou empresas com sede no Ceará), atualmente temos com capital aberto empresas como Hapvida, Grendene, M. Dias Branco, Banco do Nordeste, Pague Menos, Coelce (Enel), Aeris. Quem se prepara para o IPO é a Brisanet, além da Smartfit, que são anúncios que podem sair ainda neste segundo semestre.

Raul Aragão, sócio da CDP Capital, destaca que a alta liquidez no mercado, atrai novas empresas, que por sua vez, tendem a atrair novos investidores. "Vimos a maior democratização e entrada de pessoas físicas saindo da renda fixa".

O número de cearenses e nordestinos na Bolsa ainda é muito aquém da quantidade de sudestinos. Para o head da Mesa de Renda Variável da M7 Investimentos, Thomaz Bianchi, na medida em que mais empresas locais entram na B3, deve trazer junto os investidores locais, que conhecem mais de perto o trabalho realizado.

"Na perspectiva de estar muito concentrado no Sudeste, é porque o mercado lá é mais pujante, tendo muitas empresas de lá na Bolsa, o que gera um maior interesse do público de lá. Aqui vimos coisa parecida com o IPO da Pague Menos, Hapvida e Aeris, o que gera interesse das pessoas daqui em investir. Não vai ser algo do dia pra noite, mas estamos num processo que vai acelerar mais na medida em que a Bolsa melhorar seu acesso", analisa.

 

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