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Expectativa é que remarcações impactem positivamente esta alta estação
Reportagem

Expectativa é que remarcações impactem positivamente esta alta estação

Férias de julho. Análise.
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Tipo Notícia

O início do período de alta estação no meio do ano aparece com boas previsões no Ceará. E as remarcações de viagens devem contribuir. Para o titular da Secretaria do Turismo do Ceará (Setur-CE), Arialdo Pinho, devemos observar uma alta estação mediana se compararmos com 2019 ou 2018, "mas que vai representar um reinício para o turismo, muito baseado no visitante brasileiro".

Na hotelaria, a expectativa da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Ceará (ABIH) é chegar até 55% de capacidade média em Fortaleza. O índice é bem aquém dos 75% do mês para anos anteriores à pandemia, mas bem melhores do que os 18% de média entre março e abril e dos 33% em maio, aponta o presidente da entidade, Régis Medeiros.

Ele destaca que a postura dos hotéis foi de sempre conscientizar os hóspedes a não cancelarem reservas, mas remarcarem. Ele espera que com o avanço da vacinação e flexibilização das restrições, a demanda retraída impulsione o setor.

"As pessoas estão usando os créditos. Existem também muitos turistas que estão remarcando com as operadoras de turismo e os hotéis estão recebendo essas reservas. Ainda temos as reservas remarcadas com próprios hotéis e a demanda de pessoas que estão com viagens marcadas para o período de férias".

E esses visitantes devem movimentar os aeroportos e rodoviárias. Segundo a Fraport, gestora do Aeroporto de Fortaleza, são estimados 2.763 voos neste mês, com a chegada de 406 mil pessoas, o que dá uma média diária de 13 mil visitantes/dia. Já a Socicam, que administra as rodoviárias municipais em Fortaleza, tem marcado até o fim do mês 110 mil embarques em 4 mil partidas.

Isso ainda representa queda de 62% ante julho de 2019, mas já é uma recuperação importante ante igual período do ano passado, avalia o gerente da Socicam, Newton Fialho. Ele diz ainda que o movimento vem dentro do esperado, com um aumento gradativo das pessoas voltando a viajar. Há um crescimento em torno de 20% em comparação a junho.

"Não temos números de remarcações, fica por conta das empresas de ônibus, mas sabemos que muitas pessoas deixaram de viajar e, com a passagem vale por um ano, contribuiu para esse crescimento".

Para o segundo semestre, a expectativa é saltar dos atuais 40% da demanda do período pré-pandemia e chegar a dezembro com 90%.

 

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