A atual proposta de reforma do Imposto de Renda amplia a faixa de pessoas que não serão tributadas sobre a renda no Brasil, quando se eleva de R$ 1,9 mil para R$ 2,5 mil o limite da isenção. Por outro lado, cresce a restrição da declaração de forma simplificada.

O texto versa que o teto deve ser de R$ 40 mil de rendimentos anuais para a declaração simplificada. Antes, o desconto de 20%, valia para limite até R$ 83,7 mil por ano. Pela proposta, portanto, os que ganham entre R$ 3,3 mil e R$ 6,9 mil mensalmente terão de declarar no modo completo, pagando assim mais do que agora.

Cálculos do ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, dão conta que isso faz com que haja ganho de R$ 10,69 bilhões em arrecadação para o Governo, ao passo em que o ajuste da tabela do IRPF gera perda de R$ 25,25 bilhões.

Ele critica ainda a redução da isenção para a tributação de dividendos de R$ 20 mil para R$ 2,5 mil, pois prejudicaria a micro e a pequena empresa. Ele disse ao Correio Braziliense que a proposta acaba com a declaração simplificada, com o Simples e o lucro presumido.