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A polêmica do fundador
Reportagem

A polêmica do fundador

Edição Impressa
Tipo Notícia

O arquiteto Liberal de Castro, bem como a socióloga Maria Auxiliadora Lemenhe, duvidam que houvesse intenção dos holandeses de fundar uma cidade à margem do riacho Pajeú. Isso pode ser percebido pela arquitetura, que destoa da planta plana das cidades coloniais holandesas. O Forte Schoonenborch, erguido à margem esquerda do riacho Pajeú, sobre a colina do Marajaitiba, atendia basicamente a propósitos de defesa, propiciando visão panorâmica do litoral.

Já houve grande divergência entre intelectuais sobre a fundação de Fortaleza. Há os defensores de que a cidade surgiu do forte de Martim Soares Moreno, na Barra, e quem argumente que a fundação estava no Schoonenborch. O debate de maior qualidade intelectual foi travado entre Ismael Pordeus e Raimundo Girão, no começo da década de 1960.

As implicações políticas e sociais eram muitas, inclusive religiosas sobre o significado de ter um holandês protestante como fundador. A historiografia atual não se preocupa tanto com fundadores ou atos originários. Importa mais o processo ao longo do qual as coisas se desencadeiam.

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