Em coletiva após discursar na Casa Branca ontem, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou não ter visto qualquer questionamento de aliados à credibilidade de seu governo por conta da retirada das tropas americanas do Afeganistão, que provocou uma rápida tomada do grupo extremista Talibã sobre o controle do país.
Segundo Biden, todos os aliados dos EUA concordaram com sua decisão, que foi tomada sob consenso de sua equipe. O mandatário ainda confirmou que se reunirá com os outras líderes do G-7 na semana que vem para acordar um posicionamento em relação ao Afeganistão após o avanço do Talibã. De acordo com ele, os EUA e as nações aliadas farão pressão sobre o novo governo afegão em prol dos direitos humanos no país.
Agora, no entanto, o foco é retirar os cidadãos americanos e outras pessoas que contribuíram com os EUA do Afeganistão, disse Biden. "Haverá muito tempo para criticar a nossa decisão quando esta operação terminar", afirmou o presidente, que classificou a evacuação em curso como "um dos maiores e mais difíceis transportes aéreos da história".
Biden ainda disse que a operação é arriscada e não tem como garantir que ela ocorrerá sem risco de perda de vidas, mas prometeu que moverá todos os recursos disponíveis para executá-la. Segundo ele, o governo americano está em contato próximo com o Talibã para garantir a saída segura de cidadãos dos EUA.
Nas últimas 24 horas, 5,7 mil americanos deixaram o Afeganistão, somando ao total de aproximadamente 13 mil desde a retirada das tropas, de acordo com a Casa Branca. (das agências)