A psicóloga Marta Bassani, 57 anos, é natural de Cachoeirinha (RS), na Região Metropolitana de Porto Alegre. Ela conseguiu visitar Fortaleza após meses de espera. Dois obstáculos precisaram ser vencidos para aproveitar o merecido lazer: os altos índices de casos e mortes pela Covid-19 e a inflação que também atingiu a cadeia produtiva do turismo.
Foi preciso esperar a vacinação avançar, a pandemia se amenizar e, nesse meio tempo, economizar muito. "Essa viagem teve de ser adiada e, finalmente, foi possível, mas a gente também precisou pesquisar mais a questão de passagens, hospedagens e nas compras por aqui. Se a gente vai comprar uma coisa, pede descontos, e vai aprendendo a lidar com essas situações", relata.
Ela diz que não chegou a cancelar nenhum serviço, mas precisou cortar ou substituir itens no carrinho de supermercado para enfrentar as altas nos preços dos alimentos. "A gente até passou a gostar mais de ovos, inventar receitas e usar mais a criatividade", ressalta.
Marta e o esposo também reduziram as saídas de carro por conta do preço dos combustíveis e deixaram de comprar certos produtos. "Carro, a gente utiliza mais no fim de semana. Roupa, neste ano ninguém comprou. A coisa está bem difícil e só vai com solidariedade. Tanto que a gente tem um grupo de amigos em que nos ajudamos muito uns aos outros", explica.