Senador pelo Ceará e ex-governador do Estado, Cid Gomes (PDT) disse ontem, pelas redes sociais, que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usa o feriado do 7 de setembro, dia da independência do Brasil, para "criar o caos e ameaçar a democracia".

"Bolsonaro aposta no ódio e na violência. Usa o 7 de setembro para criar o caos e ameaçar a democracia", escreveu o senador.

Segundo o pedetista, o chefe do Executivo "desvirtua o sentimento nobre de amor à pátria para fomentar suas intenções golpistas", acrescentando: "Protejam-se e não caiam nas provocações. Todo cuidado é pouco!".

Ex-chefe do Abolição, Cid foi baleado durante motim da PM no Ceará, em 2020, depois de avançar com trator sobre grupo de policiais amotinados em Sobral, cidade governada por seu irmão, Ivo Gomes.

Hoje senador da República, Cid tem como principal adversário no estado Capitão Wagner (Pros), uma liderança dos PMs e pré-candidato ao Governo em 2022. Wagner já confirmou presença nos atos de hoje.

Outro senador cearense, Eduardo Girão (Podemos), também se manifestou pelas redes dias antes do 7 de setembro. "Muitos que defendiam a liberdade como princípio fundamental adotam hoje narrativas opostas", disse.

Em seguida, Girão falou que "a incoerência é 'justificada' pela atual conjuntura, ou melhor, conveniência política" e que "é o projeto de poder acima de suas próprias convicções". O senador, que se declara independente, mas costuma acompanhar o governo em votações, deve comparecer à manifestação desta terça-feira, 7. (Henrique Araújo)