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Fusão entre PSL e DEM terá maior bancada da Câmara e cota do Fundão
Reportagem

Fusão entre PSL e DEM terá maior bancada da Câmara e cota do Fundão

| Aliança | Unindo a primeira e a décima bancadas da Câmara dos Deputados, o novo partido deverá ser oficializado em 6 de outubro
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A Executiva Nacional do Partido Social Liberal (PSL) aprovou ontem, por unanimidade, a convocação de uma convenção conjunta entre o partido e o DEM para avaliar a fusão entre as duas siglas. Caso a medida seja oficializada, a nova legenda passará a ser a maior força política da Câmara dos Deputados, com 82 parlamentares pela configuração atual.

Segundo a resolução aprovada ontem, o evento que irá selar a fusão ocorrerá dia 6 de outubro, às 9 horas, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Segundo o presidente nacional do DEM, ACM Neto, o novo partido realiza uma pesquisa de opinião para avaliar o nome que será adotado pela nova legenda.

Para ser oficializada, a fusão precisa, no entanto, ainda ser aprovada pelos dois partidos em uma convenção comum. Depois, o processo precisa passar por análise do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que defere ou não a criação do novo partido.

"Na ocasião serão aprovados os projetos comuns de Estatuto e o programa do novo partido. Também será eleita a Comissão Executiva Nacional Instituidora, órgão nacional que promoverá o registro do novo partido", diz nota do presidente do PSL, Luciano Bivar, sobre o evento. A votação contou com participação do deputado federal cearense Heitor Freire.

A fusão entre os partidos já havia sido aprovada na quarta-feira passada, 22, pela Executiva Nacional do DEM. Segundo os termos já definidos, a presidência da nova legenda deve ficar com Luciano Bivar, atual presidente do PSL, e a Secretaria-Geral com ACM Neto.

Fusão entre PSL e DEM terá maior bancada da Câmara e cota do Fundão
Fusão entre PSL e DEM terá maior bancada da Câmara e cota do Fundão (Foto: O POVO)

 

Apesar do cálculo de 82 deputados pela atual configuração da Câmara, a expectativa é que, caso a mudança seja oficializada, ambos os partidos percam parte de seus parlamentares - principalmente aqueles mais próximos de Jair Bolsonaro (sem partido) no PSL. Líderes das duas agremiações, no entanto, afirmam que a nova sigla também receberá novos filiados.

Pelos atuais cálculos dos partidos, a nova força política pode ter cota de até R$ 160 milhões do Fundo Partidário. Cotas do Fundo Eleitoral e do Horário Eleitoral Gratuito para o novo partido também poderiam estar como as mais expressivas do País.

De olho em manter relevância para a disputa de 2022, o novo partido busca também manter na sigla o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), atualmente alvo de convites do PSD de Gilberto Kassab. A sigla também tenta atrair para os seus quadros diversas outras lideranças, como o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

O novo partido, no entanto, reunirá configuração ideológica confusa, reunindo inicialmente parlamentares de lados opostos do espectro político, incluindo Kim Kataguiri (DEM-SP), defensor do impeachment de Jair Bolsonaro, e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um dos filhos do próprio presidente.

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