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Guedes diz que inflação Brasil se deve a comida e energia
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Guedes diz que inflação Brasil se deve a comida e energia

Economia. Consumidor
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Fortaleza acumula alta de 6,08% no ano e detém segunda maior inflação do Brasil; veja o que ficou mais caro  (Foto: BARBARA MOIRA)
Foto: BARBARA MOIRA Fortaleza acumula alta de 6,08% no ano e detém segunda maior inflação do Brasil; veja o que ficou mais caro

O ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou ontem que a inflação é uma realidade no mundo inteiro. Segundo disse em entrevista à CNN Internacional, o aumento dos preços de alimentos e energia são os responsáveis por metade dos índices do País

"Vamos aumentar a transferência direta de renda para população pobre para cobrir os preços dos alimentos e da energia", disse o ministro, que está nos Estados Unidos para reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O governo planeja o lançamento do Auxílio Brasil, programa social de transferência de renda substituto do Bolsa Família. A ideia é de que o benefício seja de R$ 300, superior aos R$ 190 pagos em média pelo Bolsa Família, criado ainda no primeiro governo Lula (PT).

O novo programa terá três modalidades de benefício: para primeira infância, para famílias com jovens de até 21 anos de idade e para a complementação de famílias que não conseguirem sair da extrema pobreza mesmo após receber benefícios anteriores.

Guedes foi questionado sobre a offshore e respondeu que o investimento é legal, pois informado à Comissão de Ética da Presidência da República.

Guedes ressaltou que se afastou do comando da empresa antes de aceitar conduzir a economia do País no governo Bolsonaro. "E além disso, na semana passada, a Suprema Corte brasileira arquivou o caso", disse ele sobre decisão do ministro Dias Toffoli pelo arquivamento de dois pedidos para que fosse aberta uma investigação sobre as empresas offshore dele e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também citado na investigação Pandora Papers.

Um dos pedidos foi apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O outro, pela Associação Brasileira de Economistas pela Democracia (Abed).

Na entrevista, Guedes também defendeu o governo brasileiro de um questionamento sobre a atitude perante a pandemia de Covid-19, de defender a abertura da economia mesmo com a circulação do vírus.

"Nós gastamos mais que o dobro do que a média dos países emergentes e 10% mais do que os países ricos salvando vidas. Não aceito sua narrativa. Nós gastamos mais dinheiro salvando vidas do que vocês", afirmou. (Carlos Holanda)

 

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