As apostas em inovação e empreendedorismo criativo, bem como grande articulação política para investimento estrangeiro no Ceará, podem sofrer com um gargalo de desenvolvimento gerado pela fuga de cérebros do Estado e também do País.
"Nós vamos pagar caro por isso, pagar caro por perder essa mão de obra que o Brasil e o Estado investiu e qualificou e lá fora esse profissional começa a produzir uma tecnologia que no futuro o Brasil vai se ver obrigado a importar. Um trabalho que poderia ter sido construído aqui dentro do nosso País", analisa Wandemberg Almeida, integrante do Conselho Regional de Economia Ceará (Corecon).
O representante do Corecon, porém, pontua que grandes investimentos como o Hub de Hidrogênio Verde no Ceará pouco serão efetivos sem pessoas para operacionalizar as linhas de produção. Ele destaca que a forte presença de profissionais e pesquisadores qualificados deveria ser mais um atrativo de investimentos no Ceará, mas que devido às dificuldades de incentivos à pesquisa científica e aos cortes nacionais nas verbas de educação, os estados brasileiros serão obrigados a importar profissionais em breve.