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Conversão tem sido alternativa para motoristas de apps
Reportagem

Conversão tem sido alternativa para motoristas de apps

Garantia de economia. Dia na estrada
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Tipo Notícia
Fortaleza, 01 de outubro de 2021. Romario Fernandes, de 27 anos, trabalha como motorista de aplicativo desde 2016. (Yago Albuquerque / Especial para O Povo) (Foto: Yago Albuquerque / Especial para O Povo)
Foto: Yago Albuquerque / Especial para O Povo Fortaleza, 01 de outubro de 2021. Romario Fernandes, de 27 anos, trabalha como motorista de aplicativo desde 2016. (Yago Albuquerque / Especial para O Povo)

Assim como os taxistas notaram a economia que é fazer uso do GNV, os motoristas de aplicativos apontam o combustível como solução mais viável para garantir a atividade. Entre os preços da gasolina e as taxas das plataformas, eles dizem enxergar no gás natural uma opção para conseguir lucrar.

O aumento de 44,12% incomodou a categoria, mas, ainda assim, não representou um valor que deixasse o GNV menos econômico que a gasolina ou o etanol, segundo conta Rafael Keylon Gomes da Silva, presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativos do Estado do Ceará (Amap).

"É uma economia de 30% a 40%", conta, falando que cada vez mais motoristas optam pela conversão.

"Pessoal está procurando muito. todos os dias perguntam e a gente fala que compensa", reforça o motorista Júnior Oliveira. Por recomendação de mecânicos, ele ainda abastece com etanol ou gasolina, mas o GNV é prioridade para que seja economicamente viável.

Júnior conta que faz corridas entre estados e percorre grandes distâncias, sempre observando os pontos de abastecimento, para saber se há ou não postos com GNV no caminho.

"A rede de abastecimento é mais restrita. Saindo da Região Metropolitana de Fortaleza, só Canindé, Aracati e Quixadá têm GNV", lamenta, apontando a necessidade de uma ampliação.

Esse investimento robusto, como explica o analista Ricardo Pinheiro, precisa ter um mercado maduro e cuja capacidade de consumo vá além dos veículos. Ele explica que o abastecimento por gás natural se justifica em cidades com indústrias de grande porte, nas quais o combustível possa ser usado em larga escala.

Assim, seria viável instalar gasodutos nas margens de rodovias até o interior. Na prática, o GNV seria um atendimento por consequência, vide que as frotas de veículos dessas localidades são bem menores que as da Capital e Região Metropolitana e nem todos os condutores optam por gás natural.

 

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