Atualizada às 10h45min
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, decretou que em 16 de fevereiro será celebrado o "dia da unidade nacional" no país. A data foi cogitada pelos americanos como o dia de uma possível invasão russa.
"Dizem-nos que 16 de fevereiro será o dia do ataque. Vamos fazer dele um dia de união. O decreto já foi assinado. Neste dia, vamos hastear bandeiras nacionais, colocar fitas azuis e amarelas e mostrar ao mundo a nossa unidade", disse o presidente, em pronunciamento à população ucraniana.
Num primeiro momento, a fala de Zelensky foi mal interpretada na imprensa americana, que noticiou que o governo ucraniano confirmava que a invasão dos russos ocorreria nesta data. O gabinete do presidente ucraniano veio a público para esclarecer a situação e dizer que a frase continha "ironia".
A declaração do mandatário foi feita em vídeo publicado no seu perfil oficial do Facebook, há cerca de uma hora. "Estamos intimidados com uma grande guerra e definimos mais uma vez a data da invasão militar. Esta não é a primeira vez. Mas nosso estado está mais forte hoje do que nunca", afirmou.
A notícia veio horas depois do ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmar que uma saída diplomática ainda é possível. Zelensky ainda disse mais cedo, segundo relatos da imprensa europeia, que não esperava uma invasão russa em breve, e reiterou sua intenção de entrar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), iniciativa a qual os russos são contrários.
No pronunciamento, Zelensky ressaltou que os ucranianos querem resolver o conflito de forma pacífica. Ao mesmo tempo, ele ressaltou que o exército do país está mais bem equipado e preparado para uma guerra armada do que estava em 2014, quando a Rússia tomou a região da Crimeia.
Os ministros das Finanças do G7 afirmaram que estão dispostos a impor "em um prazo muito curto" sanções econômicas e financeiras "com consequências importantes e imediatas para a economia russa", em caso de agressão.
"Qualquer agressão militar da Rússia contra a Ucrânia merecerá uma resposta rápida e eficaz", garante o G7, presidido atualmente pela Alemanha, com participação de ministros de Reino Unido, Estados Unidos, França, Canadá, Itália e Japão.