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Presidente da Ucrânia decreta "dia de unidade" em data citada para possível invasão
Reportagem

Presidente da Ucrânia decreta "dia de unidade" em data citada para possível invasão

Em 16 de fevereiro será celebrado o "dia da unidade nacional". A data foi cogitada pelos americanos como o dia de uma possível invasão russa ao território ucraniano
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Militar das Forças ucranianas na trincheira. A Rússia mantém mais de 100 mil soldados na fronteira entre os dois países (Foto: ANATOLII STEPANOV / AFP)
Foto: ANATOLII STEPANOV / AFP Militar das Forças ucranianas na trincheira. A Rússia mantém mais de 100 mil soldados na fronteira entre os dois países

Atualizada às 10h45min

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, decretou que em 16 de fevereiro será celebrado o "dia da unidade nacional" no país. A data foi cogitada pelos americanos como o dia de uma possível invasão russa.

"Dizem-nos que 16 de fevereiro será o dia do ataque. Vamos fazer dele um dia de união. O decreto já foi assinado. Neste dia, vamos hastear bandeiras nacionais, colocar fitas azuis e amarelas e mostrar ao mundo a nossa unidade", disse o presidente, em pronunciamento à população ucraniana.

Num primeiro momento, a fala de Zelensky foi mal interpretada na imprensa americana, que noticiou que o governo ucraniano confirmava que a invasão dos russos ocorreria nesta data. O gabinete do presidente ucraniano veio a público para esclarecer a situação e dizer que a frase continha "ironia".

A declaração do mandatário foi feita em vídeo publicado no seu perfil oficial do Facebook, há cerca de uma hora. "Estamos intimidados com uma grande guerra e definimos mais uma vez a data da invasão militar. Esta não é a primeira vez. Mas nosso estado está mais forte hoje do que nunca", afirmou.

A notícia veio horas depois do ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmar que uma saída diplomática ainda é possível. Zelensky ainda disse mais cedo, segundo relatos da imprensa europeia, que não esperava uma invasão russa em breve, e reiterou sua intenção de entrar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), iniciativa a qual os russos são contrários.

No pronunciamento, Zelensky ressaltou que os ucranianos querem resolver o conflito de forma pacífica. Ao mesmo tempo, ele ressaltou que o exército do país está mais bem equipado e preparado para uma guerra armada do que estava em 2014, quando a Rússia tomou a região da Crimeia.

Os ministros das Finanças do G7 afirmaram que estão dispostos a impor "em um prazo muito curto" sanções econômicas e financeiras "com consequências importantes e imediatas para a economia russa", em caso de agressão.

"Qualquer agressão militar da Rússia contra a Ucrânia merecerá uma resposta rápida e eficaz", garante o G7, presidido atualmente pela Alemanha, com participação de ministros de Reino Unido, Estados Unidos, França, Canadá, Itália e Japão.

 

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