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CAMINHOS DOS PRINCIPAIS PRÉ-CANDIDATOS SOBRE ECONOMIA
Reportagem

CAMINHOS DOS PRINCIPAIS PRÉ-CANDIDATOS SOBRE ECONOMIA

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Tipo Notícia

Jair Bolsonaro (PL)

Eleito em 2018 com uma pauta liberal para a economia e colocando os movimentos na área sob o crivo do "superministro" Paulo Guedes, ao longo do mandato, Jair Messias Bolsonaro (PL) encontrou dificuldades de diálogo com o Congresso Nacional e, para articular movimentos na casa, diminuiu os poderes de Guedes em áreas sensíveis, como o orçamento. Para a pré-campanha em busca do segundo mandato, Bolsonaro esboçou pouco sobre qual será a estratégia político-econômica a ser adotada, e nem mesmo se Guedes continuará num eventual segundo governo. Ele foca em programas sociais e corre com privatizações prometidas. Como estratégia, vem criticando os planos do principal opositor: Lula (PT). "Ele fala 'vou passar a gasolina pra 3 reais', 'vou aumentar o salário mínimo'. É promessa. Quero ver encarar uma realidade, pegar o governo que eu peguei, três anos com dois de pandemia", disse.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Em meio ao crescimento da fome, do desemprego e da piora do cenário inflacionário e desvalorização da moeda, o ex-presidente Lula tem apostado em discursos ligados à revisão das ações da pauta econômica do atual governo. Em 2022, o petista já falou sobre a dolarização do preço dos combustíveis, dizendo que vai acabar com a atual política de preços da Petrobras. Outro compromisso que Lula já firmou foi com o aumento do poderio e alcance de programas sociais de distribuição de renda mínima, com a finalidade que tirar o Brasil do mapa da fome. "Falei da causa que me motiva na política. Fazer com que o Brasil volte a ser de todos os brasileiros, que ninguém no nosso País passe fome. Sempre trabalhei e continuarei trabalhando para isso, sendo candidato ou não", divulgou em seu perfil nas redes sociais.

Ciro Gomes (PDT)

Da lista de pré-candidatos, o que está há mais tempo divulgando suas propostas para a área econômica é Ciro Gomes (PDT) e ele promete ser um candidato reformista, desde reformas tributária e política. Sua plataforma para a área econômica virou livro, o "Projeto Nacional: O dever da esperança", lançado em 2020, que explica sob a ótica do ex-ministro da Fazenda a atual crise econômica e política, propondo soluções por meio de um projeto nacional de com bases no nacional-desenvolvimentismo. Sua ideia é aumentar o investimento público e incentivar a reindustrialização do País, com a geração de 5 milhões de empregos em dois anos. Além de reformas estruturais, como a tributária e política e a revisão da trabalhista nos primeiros meses de mandato. Sobre a pauta econômica, disse que irá manter o equilíbrio fiscal "sem sacrificar os mais pobres" ou "agradar banqueiros especuladores".

Sérgio Moro (Podemos)

A retomada do crescimento sob preceitos de inclusão e sustentabilidade é destacada primeiro. Além do aumento da renda per capita, a ideia é eliminar a pobreza extrema e melhorar a distribuição de renda. Moro mira no aperfeiçoamento das instituições, critica que esse foi um dos erros do atual governo, que priorizou a política do confronto, enfraqueceu instituições e impactou a segurança jurídica e previsibilidade. Como solução, o ex-juiz propõe reformas que "cortem privilégios" e permitam uma política fiscal contracíclica, que "em tempos normais" prima pelo controle dos gastos - que não explicita como seria. Chama ainda de "mito" o "estado mínimo" no campo social e econômico. Ainda pensa em uma "força nacional de erradicação da pobreza no formato de uma agência".

João Doria (PSDB)

Pré-candidato tucano à Presidência, João Doria (PSDB) deixou claro que deve pautar suas propostas numa visão que preze a liberdade econômica, Estado enxuto e medidas que beneficiem privatizações e reformas. Sobre o teto de gastos, o governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência da República promete ser um defensor da manutenção de seus atuais parâmetros, uma vez que tem como seu conselheiro econômico o ex-ministro da Fazenda do governo Temer, Henrique Meirelles. Doria ainda propõe rever emendas parlamentares, eliminar sobreposições entre FGTS e seguro-desemprego e auditar benefícios previdenciários. Sobre a reforma trabalhista, o tucano quer manter a base, mas incluir medidas de proteção de pessoas que trabalham por aplicativos.

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