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Indústria tem impacto imensurável, diz Fiec
Reportagem

Indústria tem impacto imensurável, diz Fiec

'Em toda cadeia produtiva'
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Valores finais dos imóveis deverão ser afetados pelo reajuste dos combustíveis sinalizados pela Petrobrás (Foto: Aurelio Alves/O POVO)
Foto: Aurelio Alves/O POVO Valores finais dos imóveis deverão ser afetados pelo reajuste dos combustíveis sinalizados pela Petrobrás

Os reajustes anunciados pela Petrobras devem causar um impacto sem tamanho para o setor industrial cearense, segundo avaliou Ricardo Cavalcante, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará. "Um reajuste de 25% no óleo diesel é imensurável em toda cadeia. Ninguém consegue segurar um aumento desse, pois a mola mestre é distribuída via combustível", disse. Ele disse ainda que a Fiec espera os resultados da redução dos impostos que o projeto do Senado Federal prevê.

Um dos componentes da construção civil é o transporte. Com a elevação dos combustíveis, o empresário do setor e vice-presidente da Fiec, André Montenegro, acredita que o repasse aconteça para o cliente, pois vai afetar o orçamento final dos produtos em obras. "É um jogo de xadrez que vai ter que planejar muito para não impactar. Iremos nos reunir para analisar os impactos no produto final que irão prejudicar as vendas futuras", analisa. Além dos deslocamentos dos caminhões, algumas obras no Estado utilizam geradores de energia para construir.

Para o consultor de petróleo e gás, Bruno Iughetti, essa alta de preços veio num momento inoportuno. "É de se estranhar que veio de uma pancada só. O diesel impacta em todos os âmbitos da economia. E o aumento do gás de cozinha afeta parte da população de menor renda, que não tem condição de comportar os valores", observa.

Em sua análise, os setores de alimentação e do agronegócios irão sentir de imediato. O trigo e as demais commodities serão impactadas de maneira agressiva pois dependem do petróleo.

 

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